O projeto trata de cooperação técnica para geração e transferência de tecnologia em fitossanidade para o estado de Mato Grosso, em parceria com a Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop-MT).

A visita foi também uma oportunidade para formalizar a assinatura de um memorando de entendimento entre a Embrapa e o CABI, firmado em maio deste ano. O CABI foi representado por seu diretor presidente, Trevor Nicholls, pelo diretor-executivo do desenvolvimento internacional, Dennis Rangi, e por sua responsável no Brasil, Yelitza Comenarez.

A diretora-executiva de Administração e Finanças, Vânia Castiglioni, representou a Embrapa, acompanhada do coordenador Luciano Nass, da SRI, e do pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Flávio Fernandes Júnior.

O projeto entre a Unidade de Sinop e o CABI, que também conta com apoio da UFMT, prevê ações em pesquisa e transferência de tecnologia, com foco em sanidade vegetal e animal, voltadas aos sistemas de produção agropecuária e cadeias produtivas relevantes para Mato Grosso.

O trabalho já teve início com o primeiro módulo da capacitação de 25 técnicos sobre a fitossanidade em hortaliças. O objetivo é o de montar clínicas de plantas em diferentes regiões do estado para dar suporte aos produtores. Posteriormente as ações serão expandidas para outras cadeias produtivas.

Já o memorando de entendimento entre Embrapa e CABI é mais abrangente e envolve as áreas de: produção sustentável, controle biológico, manejo integrado de pragas, clínicas de plantas e treinamento de agricultores, transferência de tecnologia e conservação de biodiversidade.

O que é o CABI

O CABI é uma organização sem fins lucrativos de desenvolvimento e informação fundamentados na ciência, cuja missão é orientada por seus 48 países-membros. Possui 11 centros ao redor do mundo, com cerca de 400 funcionários. Entre as ações estão publicações científicas, projetos de desenvolvimento e pesquisa e serviços microbianos.

Em 2010, o centro estabeleceu um escritório no Brasil, em Botucatu (SP). Segundo Nicholls, o CABI tem no País uma de suas prioridades. “Esperamos firmar mais projetos de cooperação técnica em outros Estados, e que o Brasil se torne país-membro”, afirmou. Já existem contatos com a Embrapa Acre, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Meio Ambiente e Embrapa Roraima.

Após a assinatura do acordo, a delegação do CABI visitaria a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, para discutir a proposta de criação de uma rede na América do Sul em coleção de micro-organismos.

Nicholls ressaltou que a organização tem interesse em parcerias com a Embrapa na África. O CABI tem centros em Gana e no Quênia, e 18 países-membros no continente. O diretor Dennis Rangi, presente na visita, é responsável pelo escritório em Nairóbi. O diretor-presidente do CABI também manifestou interesse em conhecer os laboratórios virtuais da Embrapa (Labex) na Inglaterra, e na tradução de publicações da Embrapa.

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