Pesquisas

COPAGRIL: Pesquisadores da Embrapa identificam enfezamento do milho no Oeste-PR por incidência de cigarrinha

Plantas debilitados - Os pesquisadores identificaram que algumas lavouras da região apresentaram plantas debilitadas em razão do enfezamento, enquanto o quebramento é menos incidente


Publicado em: 18/04/2019 às 13:20hs

COPAGRIL: Pesquisadores da Embrapa identificam enfezamento do milho no Oeste-PR por incidência de cigarrinha

Pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, de Minas Gerais, estiveram na sexta-feira (12/04) na Estação Experimental da Copagril, em Marechal Cândido Rondon, assim como em cidades da região Oeste paranaense, com o objetivo de fazer um levantamento sobre quebramento e enfezamento de plantas em lavouras de milho, causados por incidência de cigarrinha (Dalbulus maidis), que é o inseto transmissor da doença.

Presenças - Estiveram presentes o pesquisador da Embrapa Londrina, Walter Meirelles, os pesquisadores de Minas Gerais, Luciano Viana Cota e Dagma Dionísia da Silva, o engenheiro agrônomo do Iapar de Santa Tereza do Oeste, Dionathan William Lujan, o presidente do Sindicado Rural, Edio Luiz Chapla, e os agrônomos da Copagril, Darci Sonego e da cerealista Horizonte, Sigmar Herpich.

Plantas debilitados - Os pesquisadores identificaram que algumas lavouras da região apresentaram plantas debilitadas em razão do enfezamento, enquanto o quebramento é menos incidente. Eles também coletaram amostras de plantas para serem analisadas em laboratório. “Apesar de termos identificado a ocorrência do enfezamento, não é um problema alarmante para os produtores, já que as ocorrências são mais pontuais”, ressaltou Meirelles.

Cigarrinha - As cigarrinhas são insetos de cerca de 4 milímetros, que podem ou não transmitir a doença. Elas somente transmitem a doença depois de terem picado alguma planta de milho infectada por um molicute, que é um microrganismo que ataca a planta.

Novidade - Conforme os pesquisadores da Embrapa, a cigarrinha não é novidade, pois ela já estava presente nas lavouras de milho há muitos anos em várias regiões do país, porém elas nem sempre estiveram infectadas.

Transmissão - A planta é atacada pela cigarrinha principalmente na fase inicial da cultura, quando o inseto a pica a planta e transmite o molicute. Porém, os sintomas da doença somente aparecem na fase adulta do milho, quando ocorrem os danos na planta. “Por esse motivo, não é eficiente realizar pulverização com fungicida nessa fase, pois a transmissão já ocorreu”, salienta Meirelles.

Sintomas - A planta atingida pelo enfezamento pode apresentar manchas de cores amarelada (enfezamento-pálido) e/ou avermelhada (enfezamento-vermelho) nas folhas. Além disso, a espiga fica comprometida, mais fina, com grão chocho e com peso menor. Mesmo que o sintoma não seja visível nas folhas da planta, ainda assim a produção acaba sendo afetada.

Prevenção - Para prevenir a doença é importante que agricultores de uma mesma região realizem o plantio na mesma época, pois quando há plantio em épocas diferentes favorece a oportunidade das cigarrinhas migrarem de uma lavoura para outra. É recomendado, também, eliminar plantas tigueras, que podem abrigar o hospedeiro.

Materiais menos suscetíveis - Os pesquisadores ainda indicam usar materiais menos suscetíveis ao longo de várias safras, bem como é fundamental realizar o tratamento de sementes. “Essa prática é a medida mais acertada, pois existem produtos que conseguem obter um bom controle de incidência na fase inicial da planta”, conclui Meirelles.

Fonte: Imprensa Copagril

◄ Leia outras notícias