A solenidade ocorreu no auditório da Administração do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o presidente da Associação Brasileira de Milho e Sorgo, Décio Karam; e o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo. O Congresso, que ocorrerá em Bento Gonçalves de 25 a 29 de setembro, é promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo e realizado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo.

O evento pretende reunir pesquisadores, produtores, extensionistas, técnicos e dirigentes das indústrias de insumos e de máquinas e equipamentos agrícolas, de cooperativas, professores e estudantes. A ideia é analisar e debater os avanços das tecnologias responsáveis pelo desenvolvimento das culturas de milho e de sorgo no Brasil. Serão enfatizados os impactos das novas tecnologias geradas pelas instituições de pesquisa públicas e privadas e seus desdobramentos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão sobre as culturas.

Durante o lançamento, o presidente do Congresso e pesquisador da Fepagro, Zeferino Chielli, informou que as duas culturas são o esteio para a produção de carnes, principalmente suínos e aves. “O milho e o sorgo são estratégicos para a pecuária do Rio Grande do Sul e do Brasil, e a pesquisa agropecuária, tanto da Fepagro quanto da Embrapa, tem evoluído na qualidade e na produtividade”, afirmou.

O diretor-presidente da Fepagro, Adoralvo Schio, destacou que a tecnologia é fundamental para melhorar a produção de milho e de sorgo no Estado. “É preciso fortalecer o investimento em tecnologia para que o setor agropecuário se desenvolva cada vez mais no Rio Grande do Sul e no Brasil”.

A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) esteve representada por seu presidente, Alysson Poalinelle. Conforme ele, este ano, os produtores gaúchos deverão cultivar 900 mil hectares com o milho nesta safra, contra os 780 mil hectares da safra passada, uma estimativa de aumento de área de 10% para a cultura. “Preços mais altos, recuperação dos solos e o potencial de exportação influenciaram a decisão dos agricultores”, comentou.

Ele disse que o mundo, que já foi grande produtor de alimentos, está saturado. “Portanto, há uma demanda internacional de milho. Assim, produzir melhor e de forma sustentável tem que ser a nossa grande bandeira. Precisamos ampliar a produção de milho no Rio Grande do Sul. Se perdermos essa chance, será difícil recuperá-la”.

Poalinelle destacou também que o Rio Grande do Sul tem uma área propícia para a cultura do sorgo na fronteira com o Uruguai. “E, no Brasil, temos variedades excepcionais de sorgo”, acrescentou.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, comemorou o fato de o congresso se realizar no Estado depois de 24 anos. “Mas, antes dos próximos 10 anos, queremos que ele aconteça aqui de novo”. De acordo com Polo, o Congresso visa estimular e discutir a tecnologia, para ampliar a produção de milho no Rio Grande do Sul e no País.

Participaram ainda do lançamento o presidente da Emater/RS-Ascar, Clair Kuhn; o presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS), Cláudio de Jesus; o representante do Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos do RS, Rogério Kerber; o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara; e o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller.