Pesquisa ancorada na riqueza regional

Os programas de Pós‑Graduação em Biotecnologia Industrial (PBI) e Saúde e Ambiente (PSA) da Universidade Tiradentes (Unit) transformam frutos e plantas típicos do Nordeste em soluções farmacêuticas e cosméticas de alto valor agregado, gerando patentes, novos negócios e renda para populações extrativistas.

Mangaba: cicatrização de última geração

• Membrana curativa elaborada com polímeros ativos da mangaba já possui patente concedida pelo INPI.
• Estudos comprovam aceleração da regeneração de feridas e ampliam as aplicações médicas do fruto.
• Empresas locais, como a Saboaria Marvan, incorporaram a mangaba em sabonetes artesanais, reforçando o uso sustentável da espécie.

Jenipapo: coloração capilar natural e cruelty‑free

O doutorando Adilson Allef Moraes Santana desenvolve uma cadeia produtiva baseada no jenipapeiro para criar tintas capilares livres de metais pesados. A proposta atende à crescente demanda por cosméticos veganos, seguros e ecologicamente corretos.

“A integração entre ensino, pesquisa e empreendedorismo impulsiona soluções com impacto direto na indústria e na sociedade”, destaca o pesquisador.

Protetor solar vegano de alcance internacional

A pesquisadora Thigna de Carvalho Batista avança na formulação de um filtro solar multifuncional à base de bioativos nordestinos. Parte dos ensaios será conduzida na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (Portugal), ampliando a cooperação científica da Unit.

Patentes, mercado e inclusão social

Em parceria com o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), a Unit fomenta a bioeconomia regional ao:

• Converter biodiversidade em patentes e produtos com alto valor de mercado.
• Empoderar catadoras de mangaba e demais comunidades extrativistas, gerando emprego e renda.
• Aliar conservação ambiental a modelos de negócio sustentáveis.

Cosmética humanizada e bioeconomia em foco

A abordagem prioriza ingredientes naturais, processos livres de testes em animais e valorização de saberes locais. Assim, a “cosmética humanizada” e a bioeconomia tornam‑se vetores de desenvolvimento regional, demonstrando que inovação, responsabilidade socioambiental e rentabilidade podem caminhar juntas.