“A Anater nasce para efetivar a parceria entre pesquisa, assistência técnica e extensão rural e vai atender de forma eficaz o setor produtivo”, explicou o diretor de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf, em entrevista concedida ao programa Conexão Ciência, nessa terça-feira (22).

O projeto de lei de criação da Anater está em tramitação no Congresso Nacional e é uma reivindicação antiga dos produtores. Segundo Stumpf, o trabalho da Embrapa vai estar diretamente relacionado ao da Agência e vai fortalecer a relação entre pesquisa, ensino e extensão. “Tradicionalmente esses segmentos não tinham uma prática de conversação na sua origem. A Anater então nasce dizendo que é fundamental que pesquisa, extensão e ensino conversem para termos ganhos mais importantes e mais densos”, ressaltou.

Para Stumpf, todo o esforço que tem sido feito para fazer com que a tecnologia e o conhecimento gerados pela pesquisa cheguem ao agricultor reflete a importância do setor de produção de alimentos. “O Brasil passou por uma revolução muito grande no setor. Se olharmos 40 anos atrás, o Brasil saiu de uma situação de importador de alimentos e hoje nós temos segurança alimentar e a produção gera um superávit na balança comercial fundamental, o que reflete a importância do campo”, afirmou.

O pesquisador falou também sobre o perfil do agricultor brasileiro de hoje. Segundo ele, houve uma evolução, os agricultores estão mais especializados, com alta produtividade e boa rentabilidade. Porém ainda há um grande contingente de produtores familiares que precisam de uma assistência mais direta e efetiva.

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