O controle de pragas como lagartas, percevejos e cigarrinhas no Brasil vem se tornando cada vez mais desafiador, já que muitas delas, migram de uma cultura para outra, multiplicam-se e tornam-se mais vorazes. Além do sistema favorável à proliferação das pragas, há ainda a quebra de resistência dos traits (características agronômicas introduzidas via transgenia), como a tecnologia Bt, e a resistência das pragas aos inseticidas, que dificultam a vida do produtor.

“O agricultor brasileiro tem de montar um verdadeiro quebra-cabeças para encontrar as melhores soluções para o manejo das pragas. É preciso pensar nos sistemas de produção soja/milho, soja/algodão e soja/trigo para definir o manejo do ano e não mais das culturas de forma isolada”, afirma Leandro Garcia, gerente de Desenvolvimento de Mercado Brasil, da ADAMA, que recebeu cerca de 20 pesquisadores, em evento técnico, realizado na última semana, em Ribeirão Preto (SP), para discutir o tema.

Promovido anualmente pela ADAMA, companhia integrante de uma das maiores holdings do agronegócio global, o Trend Group leva especialistas do Brasil todo para debaterem sobre os desafios de manejo e tendências para as próximas safras. O evento teve como foco os inseticidas e contou com a presença dos principais entomologistas do País. O objetivo foi escutar os especialistas para entender melhor sobre a quebra da resistência para lagartas e o que esperar da nova espécie de cigarrinha-do-milho, que vem assustando os produtores pelo seu alto poder destrutivo na cultura, podendo causar grandes prejuízos econômicos.