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Boas Práticas Agrícolas

Confira abaixo as tecnologias e práticas que já estão sendo adotadas na agricultura e contribuindo para esta atividade seja cada vez mais sustentável.


Publicado em: 27/03/2015 às 16:10hs

Boas Práticas Agrícolas

Biotecnologia – A adoção de sementes transgênicas aumentou a produtividade das lavouras, reduziu a necessidade de expansão de fronteiras agrícolas e diminuiu o uso de defensivos químicos. Estes são alguns dos benefícios que a biotecnologia trouxe para agricultura, reduzindo a pegada de carbono e colaborando com a sustentabilidade do setor. Além disso, em média, para cada dólar investido em sementes transgênicas, se recebe três vezes esse valor. Se considerarmos que, dos 18 milhões de agricultores que adotaram biotecnologia no mundo, 90% eram pequenos produtores, o impacto na qualidade de vida fica claro.

Melhoramento convencional – A evolução da agricultura no século XX é fruto da capacidade humana de cruzar plantas da mesma espécie para obter indivíduos com características adequadas a necessidades específicas – maior produtividade, menor tempo de crescimento, maior resistência a doenças, entre outras.Nas décadas de 1960 e 1970, o chamado melhoramento genético convencional esteve no cerne da Revolução Verde, a criação e a disseminação de novas sementes e práticas agrícolas que levaram a um grande aumento na produção agrícola mundial. O advento da biotecnologia permitiu entender a fundo a função de diferentes genes e tornou possível ir mais adiante no melhoramento genético, inserindo genes de uma espécie em outra.

Plantio Direto – Esta técnica, que permite que o solo não seja revolvido e que sejam aproveitados os resíduos vegetais da colheita anterior como adubo orgânico, consome menos recursos naturais e ajuda a preservar o ambiente. Além de enriquecer a terra, os resíduos ajudam no controle de plantas daninhas e protegem contra as chuvas e os raios solares, evitando a erosão. A prática contribui ainda na retenção da água no solo, diminuindo também a perda de nutrientes. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), o uso da técnica no Brasil diminuiu em cerca de 90% a erosão do solo e em aproximadamente 80% a perda de água em um período de 17 anos nas culturas de milho e soja.

Rotação de culturas – A alternância de espécies vegetais plantadas numa mesma área agrícola é uma das formas mais eficazes de preservar o solo. Entre as vantagens do uso dessa prática agrícola estão a melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo, o auxílio auxilia no controle de plantas daninhas, a proteção do solo da chuva e do sol e a possibilidade de diversificação da produção de alimentos. A eficácia da técnica está intimamente ligada às plantas utilizadas e ao uso em conjunto da técnica de plantio direto. Um exemplo de rotação bastante utilizado no Brasil é o da soja e do milho, duas espécies com grande extensão de cultivo. Ele tem trazido benefícios aos agricultores, incluindo aumento de produtividade.

Rotação de princípios ativos – O controle de pragas, doenças e espécies daninhas é um dos maiores desafios dos produtores. Se o controle desses problemas não for eficiente, pode haver substancial redução da produtividade e redução da rentabilidade. Por isso, a rotação de princípios ativos tornou-se prática fundamental para evitar a seleção de indivíduos resistentes ao produto químico. O conceito desta técnica envolve a combinação das mais eficientes tecnologias disponíveis para atingir o controle das pragas, a exemplo do uso seletivo de defensivos agrícolas, rotação do princípio ativo destes defensivos e utilização de variedades resistentes.

Consórcio de culturas – Consiste na plantação de mais de uma semente ao mesmo tempo. O consórcio tem dado resultados muito bons para os pequenos produtores ao melhorar também a utilização da força de trabalho (geralmente a família do produtor rural) e tornar disponível mais de uma fonte alimentar e de renda. Um exemplo é o cultivo de mandioca na região do cerrado brasileiro. Estima-se que cerca de 80% das áreas são cultivadas por pequenos produtores. Uma publicação da Embrapa fez uma análise do cultivo da mandioca em consórcio com feijão e milho no Mato Grosso do Sul e concluiu que o consórcio foi benéfico em relação à monocultura.

Irrigação por gotejamento – A irrigação de culturas agrícolas por gotejamento é uma tecnologia que usa menos água – e também menos fertilizantes – do que o sistema convencional. Ao contrário desta última, que molha toda a planta e seu entorno, a irrigação por gotejamento coloca a água diretamente na região da raiz das plantas utilizando um sistema de tubos, válvulas e gotejadoras. Desta forma, não há desperdício de água, já que as plantas recebem apenas o necessário para que se desenvolvam. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, em um mundo onde cerca de 70% da água é consumida na agricultura e mais de 700 milhões de pessoas têm acesso restrito a esse recurso natural, todo o uso inteligente é bem-vindo e mais do que necessário.

Fonte: CIB - Conselho de Informações sobre Tecnologia

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