Publicado em: 01/03/2013 às 07:10hs
Nas próximas etapas serão avaliados o potencial de migração dos contaminantes inorgânicos presentes em materiais de embalagens plásticas coloridas para os alimentos; as espécies químicas e a fração dos minerais ou contaminantes que podem ser absorvidos pelo organismo.
A Agilent Technologies, a principal empresa mundial em medição analítica, o Grupo GEAtom, do Instituto de Química da UNICAMP, e o ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos (por meio dos seus Centros de Ciência e Qualidade de Alimentos - CCQA e de Tecnologia de Embalagem - CETEA), firmaram parceria para estudo da presença de contaminantes inorgânicos em diferentes alimentos (como chás, bebidas, azeites, arroz) e para o desenvolvimento de metodologias que visam garantir a segurança alimentar, autenticidade e controle de qualidade de alimentos. O projeto será desenvolvido em três etapas, que incluem também o estudo da migração de metais de materiais de embalagens plásticas para alimentos (principalmente contaminantes como arsênio, cádmio, chumbo, crômio e mercúrio presentes em embalagens plásticas coloridas comumente utilizadas no acondicionamento de alimentos) e estudo de bioacessibilidade e biodisponibilidade de nutrientes e elementos tóxicos em alimentos com a finalidade de determinar a fração do nutriente ou contaminante que pode ser absorvida pelo organismo.
"As novas tecnologias colocadas à nossa disposição permitirão o desenvolvimento de estudos relacionados à presença de elementos inorgânicos, diferentes espécies químicas de metais em alimentos e embalagens, além de possibilitar a análise de espécies inorgânicas bioacessíveis presentes nos alimentos. Para o sucesso destes estudos são necessárias técnicas analíticas suficientemente sensíveis e seletivas", informa o pesquisador científico Dr. Marcelo Antonio Morgano.
Os estudos sobre migração de contaminantes inorgânicos de embalagens para os alimentos e a bioacessibilidade/biodisponibilidade de nutrientes e elementos tóxicos em alimentos são coordenados pela pesquisadora Elisabete Segantini Saron e pela Professora Doutora Solange Cadore, respectivamente.
O acordo com ITAL faz parte do Programa de Segurança Alimentar da Agilent no Brasil e "esta pesquisa irá resultar em novas aplicações e métodos de análise de metais totais e espécies químicas, que poderão ser utilizados por outros laboratórios de análise de alimentos ou indústrias, melhorando a qualidade dos alimentos que consumimos", explica o químico André Santos, responsável pelo programa de segurança alimentar da Agilent no Brasil.
Pela parceria, a Agilent fornece o sistema completo de análise, que inclui os equipamentos ICP MS Agilent 7700 x e o LC Agilent 1260, adequados também para otimizar o espaço reduzido de laboratórios. O sistema empregado na parceria com o ITAL conta também com o item opcional para introdução de oxigênio no plasma para análise direta de amostras com caráter orgânico, recurso especialmente importante no estudo de óleos de oliva e outros ácidos graxos. "O Sistema Agilent 7700 x possui detector com cerca de nove ordens de magnitude de resposta linear, que permite ao pesquisador, num único método, determinar concentrações muito diminutas - em níveis de partes por trilhão, isto é 0,0000000001 %, a altos níveis de concentração, cerca de 1%", informa Fabio Silva, cientista de aplicações do Programa de Segurança Alimentar da Agilent. A parceria se estende até fins de 2013, podendo ser prorrogada, dependendo da necessidade das instituições de pesquisas envolvidas.
Além da parceria com ITAL, o Programa de Segurança Alimentar da Agilent tem um acordo de colaboração com Laboratório de Pesquisas da Universidade de Santa Maria, no sul do país, para identificação e quantificação de contaminação por pesticidas em alimentos.
A TECNOLOGIA - O sistema inclui os sistemas ICP-MS (Espectrômetro de Massas com Plasma Indutivamente Acoplado) Agilent 7700x, com célula de colisão/reação (CRC) de terceira geração (ORS3), configurado com todos os acessórios necessários para a pesquisa com os mais variados tipos de amostras de alimentos, preparadas seja por digestão ácida, seja por extração com solventes orgânicos. O sistema incorpora amostrador automático, que permite diluições automáticas, controle para o emprego de um terceiro gás na célula de colisão/reação, para aplicações avançadas, além de um cromatógrafo líquido Agilent 1260 Infinity completo, para separações cromatográficas, permitindo pesquisas na área de especiação química.
Sobre o ITAL - O Instituto de Tecnologia de Alimentos é vinculado à Agência Paulista dos Agronegócios (APTA) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e realiza atividades de pesquisa, desenvolvimento, assistência tecnológica, inovação e difusão do conhecimento nas áreas de embalagem e de transformação, conservação e segurança de alimentos e bebidas. Fundado em 1963, o ITAL concentra suas atividades em três grandes áreas, especializadas em tecnologia, ciência e qualidade de alimentos e embalagem.
Sobre o programa de Segurança Alimentar da Agilent - A Agilent desenvolve sistemas que medem, por análises químicas e biológicas, a presença de elementos que possam ser considerados contaminantes, como pesticidas, produtos fármaco-químicos e metais, mesmo que a nível traço. Os sistemas e equipamentos Agilent em segurança alimentar são adotados pelas principais agências de controle sanitário do mundo e grandes empresas alimentícias. Com o início de seu programa de Segurança Alimentar no Brasil, a empresa espera dobrar sua participação neste mercado em dois anos.
Fonte: SPMJ Comunicação
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