No mundo contemporâneo, à medida que a população cresce demasiadamente, a humanidade precisa lidar, de forma constante, com a necessidade de produzir alimentos para atender a população em sua totalidade. Por essa razão, o agronegócio comumente acompanha as expansões tecnológicas que ocorrem em escala mundial. 

Todavia, é importante deixar claro que nem sempre tais avanços são direcionados somente à produção de cultivares, visto que também encontram-se ligados a questões de mercado, como o caso recente da gigante do agronegócio Cibra. Um dos avanços significativos do agronegócio em relação à tecnologia encontra-se atrelado às criptomoedas. 

Controlada pela empresa Ominex (norte-americana) e pela britânica Anglo American, a Cibra atua no Brasil já faz 30 anos. A atuação da empresa se dá de forma 100% digital, no entanto, sua aposta mais recente são as criptomoedas como uma maneira de auxiliar no faturamento de R$ 10 bilhões em fertilizantes no ano de 2023, um valor 30% acima dos R$ 7,8 bilhões que foram registrados no ano passado. 

A criptomoeda e o agronegócio 

A criptomoeda da Cibra se chama Cibracoin, lançada em abril de 2022, e opera como um token lastreado em quilos de fertilizante. De acordo com Santiago Franco, CEO da companhia, essa migração dos produtores do campo para modelos tokenizados trata-se de um processo educativo, uma vez que nem todos os produtores conhecem essa tecnologia ou tiveram contato com a blockchain. 

Recentemente, as criptomoedas passaram por um período de instabilidade, e, mesmo com tal dinâmica, o Cibracoin foi muito bem aceito pela comunidade. Ainda em concordância com Santiago, um dos grandes desafios modernos junto dos produtores é a propagação da ideia de que os criptoativos não refletem riscos.

Muito pelo contrário, já que o token denota potencialidade como uma excelente ferramenta moderna para a produção do agro, servindo como uma nova forma de comercialização de fertilizantes e, também, de investimentos. De fato, o Cibracoin serve justamente para proteger os agricultores das variações de preço da commodity, uma vez que 1 quilo de fertilizante equivale a 1 Cibracoin. 

A criação desse token demonstra como o campo está cada vez mais modernizado, não somente em termos de maquinário para produção, mas também as relações que constituem esse negócio. A digitalização de tais processos tende a surtir efeitos positivos em distintas escalas. 

O futuro do agronegócio e a tecnologia 

Pode-se perceber que a tecnologia permeia as relações de mercado e de produção, e, no final das contas, está causando transformações significativas no agronegócio, que, por consequência, precisa investir em inovação para continuar competindo no mercado. 

Em síntese, pode-se dizer que o marketing digital desempenha papel de destaque nessa questão, proporcionando visibilidade e eficiência em termos operacionais. Permitindo, também, o alcance do público em escala global, promovendo os produtores e os serviços direcionadamente, otimizando os processos de vendas. 

Além disso, possui a capacidade de fornecer dados elementares para a tomada de decisões, auxiliando tanto na produtividade quanto na eficácia de estratégias no setor, com um mundo cada vez mais tecnológico. 

A implementação bem-sucedida do Cibracoin, por exemplo, exigiu estratégias de marketing digital associadas para promover o token e direcioná-lo às demais empresas do setor. As transformações digitais não se tratam somente da adoção de determinadas tecnologias, mas também de sua exploração de forma criativa no melhoramento de processos. 

Saber, por exemplo, como criar um site de vendas é fundamental, não somente no caso do Cibracoin, mas também para a divulgação de certos produtos, já que a tendência é que a atuação das empresas, especialmente nesse setor, comece a dar-se de forma online. É inegável que a tecnologia está moldando a forma como o agro faz seus negócios nos últimos anos.