Publicado em: 01/12/2025 às 08:00hs
Os recentes ciclones, tornados e tempestades que atingiram o Sul do Brasil evidenciaram a vulnerabilidade das redes terrestres de comunicação. Rompimentos de fibra óptica, quedas de energia, torres danificadas e instabilidade das redes móveis podem comprometer rapidamente a capacidade de resposta de equipes públicas e privadas em situações críticas. Nesse contexto, a conectividade via satélite torna-se essencial para manter comunicação e operação em áreas afetadas.
Segundo Flávio Franklin, diretor Brasil da Globalsat Group, os sistemas via satélite funcionam de forma independente da infraestrutura local, garantindo comunicação imediata para operações de resgate, apoio às equipes de campo e transmissão de dados essenciais.
Os principais benefícios da tecnologia incluem:
Franklin destaca que a ampliação da conectividade de alta disponibilidade é cada vez mais necessária diante do aumento de eventos climáticos extremos. “Esses fenômenos têm se tornado mais frequentes e intensos. A comunicação via satélite garante que equipes de resgate, órgãos públicos e empresas essenciais consigam operar mesmo sem infraestrutura terrestre. É a tecnologia que mantém tudo funcionando enquanto as redes tradicionais são restabelecidas”, afirma.
Casos recentes reforçam essa necessidade. Em novembro de 2025, o Paraná registrou três tornados, com ventos de até 330 km/h, deixando centenas de feridos e destruindo grande parte da infraestrutura urbana. O tornado mais intenso ocorreu em Rio Bonito do Iguaçu, classificado como F3 pelo Simepar, afetando 90% da área urbana e resultando em 750 atendimentos em unidades de saúde.
Estudos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) indicam alta incidência de tornados na região: 28 ocorrências em 2024, sendo 10 apenas no Paraná, além de eventos como o ciclone subtropical Yakecan (2022). Esses fenômenos demonstram que a conectividade terrestre sozinha não é suficiente para situações de risco crescente.
Franklin finaliza ressaltando que, com a intensificação dos eventos climáticos extremos, a conectividade resiliente é um pilar fundamental para resposta e recuperação. “Enquanto a infraestrutura terrestre não é restabelecida, o satélite assegura coordenação, segurança e continuidade operacional, preservando vidas e sustentando atividades essenciais.”
Fonte: Portal do Agronegócio
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