Publicado em: 07/10/2024 às 14:30hs
Nos últimos anos, a agricultura brasileira tem sido impulsionada por uma crescente adoção de novas tecnologias. Contudo, à medida que os produtores avançam em busca de maior eficiência, sustentabilidade e produtividade a cada safra, os desafios também crescem proporcionalmente. Atenta a essas demandas, a agtech argentina SIMA – Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola –, que está presente no Brasil há quase cinco anos, planeja intensificar sua atuação junto aos produtores rurais.
A estratégia da SIMA não se limita a disponibilizar suas tecnologias no modelo B2C (business to consumer). O objetivo é desenvolver soluções específicas e personalizadas que contribuam para a digitalização eficiente da agricultura brasileira. “Continuamos com nossa atuação via B2B, mas queremos estar mais próximos dos agricultores, oferecendo soluções cada vez mais alinhadas às suas necessidades cotidianas”, afirmou Felipe de Carvalho, engenheiro agrônomo e coordenador da SIMA no Brasil.
Com uma presença consolidada na América Latina, incluindo operações no México e na África do Sul, a SIMA já monitora mais de 8 milhões de hectares globalmente. No Brasil, a meta da empresa é alcançar mais de um milhão de hectares cadastrados em sua plataforma até o próximo ano. “O mercado brasileiro é vasto, e os produtores já estão familiarizados com a agricultura digital. Queremos, com essa nova estratégia, fortalecer ainda mais essa tendência no país”, destacou Carvalho.
A tecnologia da SIMA se distingue por ser uma ferramenta simples, completa e inteligente, capaz de realizar o controle e monitoramento georreferenciado das lavouras, desde o plantio até a colheita. A empresa se consolidou em diversos países como uma solução de alto nível técnico, oferecendo parâmetros específicos que proporcionam maior segurança aos produtores.
Entre os diferenciais da ferramenta está sua capacidade de operar offline. Isso permite que os técnicos no campo coletem dados com precisão, mesmo sem conexão com a internet, já que as informações são gravadas no sistema. “Com poucos cliques, é possível registrar uma grande quantidade de dados com qualidade, reduzindo a necessidade de visitas frequentes ao campo – um grande desafio nas fazendas, especialmente pela escassez de mão de obra qualificada”, reforçou Carvalho.
Além disso, a SIMA oferece funções inteligentes. Por exemplo, ao tirar uma foto no campo, o sistema identifica automaticamente o estande de plantas sem a necessidade de ferramentas como fita métrica ou calculadora. Outra funcionalidade permite, por meio de uma simples fotografia, determinar o grau de severidade de uma doença nas folhas, possibilitando ao produtor agir rapidamente para evitar maiores prejuízos. “A integração da tecnologia é outro destaque. A SIMA é compatível com diversas ferramentas de gestão agrícola”, acrescentou o engenheiro.
Nos últimos anos, a Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) tem causado grande preocupação aos produtores brasileiros. Esse inseto-praga, comum nas lavouras de milho, provoca "enfezamentos" nas plantas e, desde a safra 2020/21, tem aumentado sua pressão de ataque, causando perdas de 20% a 90% no potencial produtivo das lavouras.
Para combater esse problema, a SIMA desenvolveu uma nova funcionalidade: o módulo de armadilhas, criado em parceria com a Cooperativa Integrada, uma das maiores agroindústrias do Paraná. Com essa ferramenta, os produtores podem, com poucos cliques, obter relatórios detalhados sobre as variedades afetadas e o impacto da infestação da cigarrinha, utilizando os dados recolhidos nas armadilhas instaladas. A tecnologia também permite filtrar as informações por país, estado, município, fazenda e até por talhão. “Além da Cigarrinha-do-milho, estamos em fase avançada de estudos para expandir essa tecnologia a outras pragas e culturas, reforçando nosso compromisso em oferecer soluções que atendam às necessidades dos produtores rurais e auxiliem na tomada de decisões mais assertivas”, concluiu Carvalho.
Fonte: Portal do Agronegócio
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