Biotecnologia

Gripe aviária em 2025 reforça necessidade de tecnologias de biossegurança no transporte de frango

Com exportações de 5,2 milhões de toneladas em 2024, setor avícola adota inovações para conter vírus e proteger cadeia produtiva


Publicado em: 18/08/2025 às 08:30hs

Gripe aviária em 2025 reforça necessidade de tecnologias de biossegurança no transporte de frango
Foto: Freepik
Alertas de gripe aviária reacendem preocupação no setor

O registro de casos de influenza aviária em 2025 reacendeu o alerta sobre a biossegurança na produção de aves no Brasil. Em 2024, o país exportou 5,2 milhões de toneladas de frango, gerando receita de US$ 9,9 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Além do impacto econômico, o controle da doença é essencial para a saúde pública, já que a gripe aviária pode ser transmitida a humanos pelo contato com aves infectadas ou superfícies contaminadas. Aves migratórias também atuam como vetores importantes.

Barreiras sanitárias nas propriedades

Para evitar contaminações, é fundamental intensificar o controle de acesso de pessoas, veículos e equipamentos. Entre as medidas recomendadas estão:

  • Instalação de barreiras sanitárias e protocolos padronizados de desinfecção de calçados, roupas e materiais;
  • Criação de vestiários e áreas de quarentena antes do acesso às instalações produtivas;
  • Higienização rigorosa de todos os visitantes e funcionários.
Manejo animal adequado reduz riscos

O manejo correto das aves é chave para prevenir surtos, garantindo bem-estar e saúde do rebanho. As principais práticas incluem:

  • Controle da densidade populacional e ventilação adequada;
  • Limpeza constante das instalações;
  • Separação dos animais por faixa etária;
  • Descarte seguro de carcaças e resíduos orgânicos conforme normas sanitárias.
Transporte de animais: ponto crítico de biossegurança

O transporte de aves entre propriedades é considerado um dos maiores riscos de propagação de vírus. Caminhões que não passam por higienização adequada podem se tornar vetores de contaminação.

Segundo Vinicius Dias, CEO do Grupo Setta, “quando um caminhão fica parado 48 horas para descontaminação, todo o fluxo da cadeia produtiva é afetado, desde o bem-estar animal até a entrega do produto final. Tecnologias automatizadas tornam esse processo ágil e seguro”.

O TADD System (Thermo-assisted Drying and Decontamination), desenvolvido pelo Grupo Setta, realiza descontaminação em 48 minutos usando ar aquecido, sem necessidade de produtos químicos, garantindo rapidez e segurança no transporte.

Monitoramento constante garante prevenção

O setor adota vigilância epidemiológica ativa, incluindo:

  • Coleta regular de amostras e análises laboratoriais;
  • Acompanhamento veterinário especializado;
  • Registro de indicadores de saúde com alertas automáticos para mudanças no comportamento ou na produtividade do rebanho.
Vacinação estratégica como aliada

Quando autorizada pelos órgãos reguladores, a vacinação é aplicada de forma estratégica, considerando:

  • Circulação viral regional;
  • Sazonalidade das doenças;
  • Características específicas de cada sistema produtivo.

Os protocolos são sempre supervisionados por médicos veterinários credenciados, garantindo eficácia e segurança.

Biossegurança: prioridade para o futuro da avicultura

“Cada elo da cadeia precisa estar preparado para reagir com rapidez e precisão diante de qualquer ameaça. A biossegurança deixou de ser uma escolha e passou a ser condição essencial para o futuro da produção animal”, conclui Vinicius Dias.

Fonte: Portal do Agronegócio

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