Publicado em: 09/07/2025 às 08:00hs
O plantio é uma das etapas mais importantes para garantir o sucesso da safra. Conforme dados da Embrapa, falhas nessa fase podem reduzir em até 30% o potencial produtivo das culturas, independentemente do tipo. Isso acontece porque decisões tomadas no início do cultivo — como uniformidade da emergência, qualidade das sementes e preparo do solo — influenciam diretamente o rendimento final.
Maximiliano Cassalha, engenheiro e head comercial da Crucianelli no Brasil, explica que a produtividade pode ser vista como uma pirâmide técnica, com a nutrição do solo na base e a emergência das plantas logo acima. Segundo ele, se as plantas não emergirem simultaneamente, haverá competição por luz, água e nutrientes, prejudicando o crescimento das que nascem depois.
“Isso pode representar uma perda de até 25% na produtividade do milho”, destaca Cassalha.
A chave para a uniformidade está na capacidade das máquinas de ajustar a profundidade e a pressão de plantio conforme o solo. A tecnologia Delta Force, usada nas plantadeiras da linha Plantor, faz esse ajuste automático, garantindo o posicionamento ideal da semente em solos variados — como cascalho, argila e areia — e evitando compactação ou bolsões de ar que prejudicam o desenvolvimento radicular.
O espaçamento entre sementes influencia diretamente o crescimento. Espaçamento muito estreito aumenta a competição entre plantas, favorecendo doenças por falta de ventilação. Já espaçamentos maiores desperdiçam área e aumentam a evaporação da água do solo.
“O ideal é permitir boa interceptação da luz solar, ventilação adequada e uso eficiente dos recursos”, ressalta o especialista.
A distribuição correta das sementes no sulco é igualmente fundamental para evitar falhas e duplicidades, que causam desuniformidade na emergência e dificultam os tratos culturais e a colheita.
Entre as falhas mais frequentes estão o uso de sementes de baixa qualidade ou não adaptadas ao clima, plantio fora da época ideal, preparo inadequado do solo e má regulagem das plantadeiras. Profundidade incorreta, controle deficiente de pragas e desconsideração do microclima local — como ventos, geadas ou seca — também impactam negativamente.
Muitos produtores tentam acelerar o plantio para aproveitar janelas climáticas, mas a alta velocidade pode prejudicar a uniformidade da emergência e o fechamento correto do sulco, especialmente em solos úmidos e argilosos.
Cassalha recomenda seguir as orientações do fabricante e realizar ajustes em tempo real com o monitoramento agronômico.
Antes de cada safra, a calibragem e regulagem das plantadeiras são essenciais. Equipamentos com dosadores a vácuo, sensores de carga e motores elétricos permitem uma entrega precisa das sementes e ajustes dinâmicos durante o trabalho, reduzindo perdas e aumentando a eficiência.
Mesmo com clima desfavorável, produtores podem usar escalonamento de áreas, escolher sementes mais tolerantes e realizar análises criteriosas do solo para garantir qualidade no plantio.
“Um plantio de alta qualidade significa explorar ao máximo o potencial produtivo da lavoura, unindo manejo técnico, conhecimento agronômico e uso inteligente da tecnologia”, conclui Cassalha.
A Crucianelli, em parceria com o Grupo Piccin na Aliança Crucianelli Piccin (ACP), oferece aos produtores brasileiros a plantadora Plantor, fabricada 100% no Brasil, em São Carlos (SP).
O equipamento é autotransportável e disponível em duas versões: uma com 3,9 metros de largura para transporte e até 18 metros de largura de trabalho; outra com 3,2 metros e sistema de duplo dobramento, podendo trabalhar com 15 metros de largura.
Fonte: Portal do Agronegócio
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