Seguro Rural

FAESC pede ação policial permanente para reprimir crimes contra produtor rural

Crimes contra a vida humana, o patrimônio privado, a liberdade e a saúde pública aumentam nas comunidades rurais catarinenses praticados por facínoras contra famílias de trabalhadores, produtores e empresários do setor primário


Publicado em: 04/02/2015 às 09:20hs

FAESC pede ação policial permanente para reprimir crimes contra produtor rural

Crimes contra a vida humana, o patrimônio privado, a liberdade e a saúde pública aumentam nas comunidades rurais catarinenses praticados por facínoras contra famílias de trabalhadores, produtores e empresários do setor primário. Em face dessa situação, a Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc) pediu ao Governo do Estado a criação de um programa emergencial de segurança nas áreas rurais.

O presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo reúne-se com o governador João Raimundo Colombo e órgãos de segurança, na próxima semana, para tratar do assunto. O dirigente apoia uma proposta inusitada apresentada originalmente pelo deputado federal Valdir Colatto, da bancada ruralista no Congresso: dar a Polícia Ambiental a missão adicional de reprimir a criminalidade e investigar bandidos e organizações criminosas que agem nas áreas rurais.

Pedrozo observa que a Polícia Ambiental, braço da Polícia Militar de Santa Catarina, mantém equipes volantes que percorrem as regiões agrícolas para combater crimes ambientais com excelente estrutura, equipamento e armamento. Esses mesmos agentes poderiam desenvolver ações de inteligência policial e repressão aos demais crimes com grande resultado para a paz social no campo.

O presidente da Faesc justificou que cresce a insegurança no campo: as famílias rurais estão sendo atacadas de dia e de noite por bandidos que agem em dupla ou em bando, roubam valores financeiros, máquinas, gado, insumos agrícolas e equipamentos.

Lamentou que, ao lado das incertezas do mercado e das agruras das atividades agrícolas, pastoris e extrativas, a violência tornou-se o novo flagelo das famílias rurais. “Esse problema está anulando uma série de conquistas da sociedade rural, como a eletrificação rural, o desenvolvimento das pequenas cidades do interior, construção de estradas, educação e saúde, comunicação e instalação de indústrias na zona rural, a tecnologia, os programas sociais dos governos estaduais e federais que contribuíram para a fixação do homem no campo e diminuição dos movimentos migratórios”.

Pedrozo assevera que os produtores são vítimas de um sistema de segurança frágil que os faz sofrerem nas mãos de quadrilhas especializadas. O sindicalista relata que o campo catarinense sofre com a crescente onda de violência, inicialmente com crimes relacionados ao roubo de animais, implementos agrícolas, maquinários, veículos e insumos e invasão de residências. Nos últimos anos, somaram-se também os estupros, latrocínios, assaltos, sequestros, roubos de veículos etc.

A partir da década de 1990 começaram a surgir quadrilhas que se tornaram conhecidas pela ousada forma de agir, desafiando a polícia, que já não mais consegue conter os criminosos durante suas ações

Além da violência contra o produtor rural e sua família, os crimes contra o patrimônio também recrudesceram. Nos últimos anos, “o braço deletério da criminalidade tem atingido o campo”, enfatiza Pedrozo. Um dos crimes mais antigos da humanidade – o furto de gado – voltou a ser praticado com surpreendente reincidência, lesando produtores rurais, além de se constituir em grave perigo à saúde pública.

AÇÃO

Na defesa de patrulhamento policial para atuar nas áreas rurais e reprimir o crime no campo, a Faesc proporá intervenção articulada entre a Polícia Civil, a Polícia Militar e Vigilância Sanitária de Santa Catarina para investigação e fiscalização sobre todo o leque de crimes. Além dos prejuízos econômicos aos criadores, furtos e roubos de gado podem gerar sérios problemas de ordem sanitária, pois esses animais estão sendo abatidos e comercializados clandestinamente.

A criação de um grupo de trabalho com a participação de entidades ligadas ao setor produtivo será uma das sugestões da Faesc ao governador, na elaboração de políticas de enfrentamento à violência no campo. Outra proposta será a edição de uma cartilha com orientações de segurança na zona rural para distribuição aos produtores rurais. Por exemplo, 70% dos crimes que acontecem na zona rural não são ocasionais, por isso é de suma importância que tanto produtores e trabalhadores rurais tomem cuidado ao transmitir informações para pessoas estranhas.

O presidente José Zeferino Pedrozo considera essencial iniciar operações nas estradas vicinais com patrulhas rurais que diversifiquem as áreas patrulhadas, permitindo visitar o maior número de regiões, fazendo bloqueios e abordagens, sempre com alternância de localidades.

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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