Publicado em: 26/06/2025 às 09:00hs
A possível suspensão de R$ 445 milhões destinados ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) colocou o setor agropecuário em alerta. A informação, ainda sem confirmação oficial por parte do governo federal, foi divulgada pela imprensa e já gera preocupação entre seguradoras e produtores rurais.
A Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) e a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) manifestaram, por meio de nota, o receio de que o bloqueio orçamentário provoque impactos severos no programa, principalmente para pequenos e médios produtores. Esses agricultores dependem da subvenção para ter acesso ao seguro rural, uma ferramenta essencial para enfrentar os riscos provocados por eventos climáticos extremos.
De acordo com as entidades, a área segurada no Brasil já caiu 50% nos últimos anos, passando de 14 milhões de hectares em 2023 para apenas 7 milhões em 2024. A meta do setor era alcançar 20 milhões de hectares protegidos. No entanto, com o novo cenário, esse número pode recuar para menos de 5 milhões de hectares em 2025, aumentando ainda mais a vulnerabilidade da produção agrícola.
Mesmo diante do cenário fiscal adverso, as seguradoras reforçam que seguem ampliando sua capacidade de assumir riscos, melhorando produtos e serviços e fortalecendo seus canais de distribuição. As companhias reiteram o compromisso de continuar oferecendo proteção ao produtor rural.
Como alternativa, o setor já havia solicitado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) um orçamento adicional de R$ 2,8 bilhões para o PSR no próximo ano. O objetivo é garantir a continuidade e a ampliação do programa, sobretudo em um contexto de crescente instabilidade climática.
Países como Estados Unidos e Espanha são exemplos de nações que mantêm políticas robustas de apoio ao seguro rural. Essas iniciativas reforçam o papel estratégico do seguro agrícola na proteção da produção e da segurança alimentar. Para FenSeg e CNseg, o Brasil precisa adotar o mesmo posicionamento, assegurando políticas públicas de longo prazo para o campo.
Por fim, as entidades reforçam sua disposição para dialogar com o governo federal e encontrar soluções que garantam o futuro do PSR, protegendo produtores que estão na base da economia do país.
Fonte: Portal do Agronegócio
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