Publicado em: 06/09/2013 às 18:50hs
Enquanto lideranças da região Norte do Estado comemoram a suspensão do edital, as do Oeste, Planalto Serrano e Vale do Itajaí lamentam o fato que poderá atrasar em até seis meses o processo inicial — caso seja realizada uma nova licitação. A decisão do TCU questiona a indicação do traçado até a cidade de Itajaí, além de valores e técnicas apontados no edital.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mafra, Antonio Nahum Vaine, disse que a decisão do Tribunal atende a uma reivindicação da região, que se mobilizou contra o traçado da ferrovia pela área central do Estado até o Porto de Itajaí. Ele considera que um trajeto partindo do Oeste, passando por Caçador, Porto União e Mafra, até o Porto de São Francisco do Sul seria mais barato e teria melhores condições para navios graneleiros.
— Nós aplaudimos a decisão do tribunal — defendeu Nereu Martins Carvalho, coordenador do Grupo de Trabalho em Prol de Mafra.
Para o presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias, o deputado federal Pedro Uczai (PT), o Tribunal de Contas foi muito rígido no caso e está fugindo de sua função primordial de fiscalizar obras.
— É preciso definir os produtos estratégicos para o Estado, para definir de forma técnica o melhor traçado — diz Uczai que defende ainda a prioridade para os produtos industrializados, como carnes.
Para Mário Lanznaster, vice-presidente de agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e presidente da Aurora Alimentos, o atraso nas ferrovias representa mais custos. Segundo ele, a estimativa é que a ferrovia diminua entre 30 e 40% o custo com transporte.
A Valec — responsável pela concessão — afirmou que irá apresentar as respostas aos questionamentos do TCU dentro de 15 dias.
Fonte: A Notícia
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