Publicado em: 17/07/2013 às 08:10hs
A reunião contou com as presenças do secretário executivo da Seagro, Ruiter Padua; do presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec), Marcelo Inocente; Avinto - Associação de Avicultores do Norte de Tocantins, Carlos Alberto, e demais avicultores.
Era esperada no encontro a participação de representantes da Agência de Defesa do Estado do Pará (Adepará), mas no final da tarde de segunda-feira, 15, a agência cancelou sua presença. Para os avicultores, a restrição imposta pelo estado vizinho está mais ligada a barreiras comerciais do que sanitárias, como alegam os paraenses.
A preocupação do Governo do Estado e dos produtores, a partir da medida, que já dura cerca de dois meses, é com os prejuízos. O gerente da Asa Norte Alimentos, o médico veterinário Adson Santa Cruz Oliveira, explicou que 100 mil frangos são vendidos ao Pará por semana e agora as aves estão morrendo no campo. “Os que não estamos conseguindo vender a preços mais baixos para outros lugares, estão morrendo no campo. É prejuízo para a empresa, mas, principalmente, aos produtores”, disse Oliveira. Segundo ele, a produção semanal é de 400 mil frangos, oriundos de 212 aviários na região Norte do Estado.
Padua explicou que é importante trabalhar também junto aos outros Estados vizinhos para que as mesmas barreiras não sejam estendidas, como o Maranhão. Caberá à Adapec iniciar esse diálogo, bem como pedir esclarecimentos ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se a medida tomada pela Adepará é legal. No campo político, Padua assinalou uma discussão do assunto pessoalmente com o governador do Estado, Siqueira Campos, para que ele possa tratar com o governador do Pará, Simão Jatene, sobre uma forma amigável de resolver o problema. Já a Asa Norte Alimentos informou que irá ingressar com mandado de segurança para garantir a comercialização das aves.
“Iremos agir em três frentes para buscar uma solução, até porque não há nada de errado com o nosso frango, ele tem todas as condições de sanidade exigidas”, explicou o presidente da Adapec. Em maio passado, a restrição paraense começou a partir de questões ligadas à Guia de Trânsito Animal (GTA). Como isso foi questionado pelos produtores, a agência passou a atribuir a barreira à falta de cadastro.
Fonte: Assessoria de Imprensa Seagro/TO
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