Publicado em: 06/02/2013 às 12:40hs
Contribuir para o desenvolvimento sustentável de municípios brasileiros e para a geração de renda para população de baixa renda das cidades participantes. Essa é a premissa do Programa Redes, iniciativa firmada no final de 2010 entre Instituto Votorantim e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que atua em 25 municípios brasileiros, em regiões onde Unidades de Negócio da Votorantim estão presentes. Ao todo, são 45 projetos apoiados, nos quais serão investidos R$ 33 milhões. Os 25 municípios participantes, que estão agrupados em 10 territórios, foram escolhidos levando em conta indicadores socioeconômicos críticos e a presença da Votorantim na região. Três Lagoas e Brasilândia foram contemplados com o ReDes devido a presença da Fibria, que conduz e dá suporte aos projetos da região.
O programa tem prazo de realização previsto para cinco anos e visa contribuir para o crescimento econômico das comunidades a partir do fomento das potencialidades dos próprios municípios. “Desde o início, focamos no apoio a projetos de longo prazo que aproveitassem oportunidades de desenvolvimento econômico local para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Sabemos que a geração de trabalho e renda será potencializada com realização de boas parcerias e estamos trabalhando para que essas parcerias se perenizem e se multipliquem, impulsionando o desenvolvimento local”, explica Rafael Gioielli, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Votorantim.
Redes para o desenvolvimento
Ao longo dos cinco anos de execução, o programa desenvolveu e irá desenvolver uma série de etapas – do diagnóstico socioeconômico das localidades ao financiamento de projetos que visem a geração de trabalho e renda –, valorizando sempre o trabalho em rede, com a articulação do capital social e produtivo local.
A primeira fase do programa, que ocorreu em 2011, realizou o diagnóstico socioeconômico dos 25 municípios participantes. Com base neste levantamento, que identificou as potencialidades produtivas locais, foram definidas cinco linhas de ação para o programa: Abastecimento Alimentar, Comércio e Serviços, Economia Criativa, Reciclagem e Turismo. Estas linhas visam unificar estratégias e buscar resultados mais assertivos e alinhados ao objetivo do programa.
Na segunda fase, com a definição das linhas de ação, as organizações locais começaram a elaborar seus projetos, contando com o apoio do programa neste processo. Ao todo, 100 projetos foram desenvolvidos e as propostas foram apresentadas e submetidas à avaliação de uma comissão técnica, que contou com a participação dos próprios conselhos comunitários, das Unidades de Negócio da Votorantim, além de especialistas externos. Após essa primeira etapa de seleção, os projetos foram encaminhados a um Conselho Deliberativo – formado pelo Instituto Votorantim e pelo BNDES – a quem coube a decisão final e divulgação dos projetos selecionados. Na análise foram levados em consideração os aspectos legais e formais, a capacidade gerencial da organização, a avaliação de mercado e processos, a clareza do projeto, aspectos orçamentários e a capacidade de fomentar o desenvolvimento regional.
“Entramos agora na terceira fase do ReDes, que consistirá no aporte dos recursos e no apoio técnico de consultorias especializadas em gestão de negócios para colocar em prática as atividades propostas pelos 45 projetos selecionados e viabilizar os resultados esperados. Queremos gerar trabalho e renda para todo o público beneficiado, cerca 4.100 pessoas, contribuindo assim para a conquista da autonomia nos negócios empreendidos”, complementa Gioielli.
Projetos No Vale do Ivinhema, foram aprovados cinco projetos, sendo um em Brasilândia e quatro em Três Lagoas. Dos aprovados para o município, dois serão desenvolvidos no distrito de Arapuá.
Brasilândia
Projeto: “Mais Mel” Organização executora: ABA - Associação Brasilandense de Apicultores Linha de Ação: Abastecimento Alimentar Investimento: R$ 624.215,00 Objetivo: Ampliar a produção de mel, a partir da compra de equipamentos e da capacitação dos apicultores para utilizar plenamente o entreposto de processamento de mel já existente no município. O mel produzido terá como destino os atacadistas de MS e SP e as compras públicas (programas de merenda escolar). Os beneficiados serão pequenos produtores rurais que, em sua maioria, possuem outras atividades, mas tem a apicultura como complemento de renda. Também será viabilizada a certificação orgânica do mel.
Três Lagoas
Projeto: “Produzindo Frutos e Arborizando a Região” Organização executora: Associação dos Agricultores Familiares do Assentamento 20 de março Linha de Ação: Comércio e Serviços Investimento: R$ 318.087,00 Objetivo: Implantação de um viveiro de mudas, com mudas frutíferas e do bioma do cerrado, para desenvolver a agricultura familiar no assentamento 20 de março. As mudas produzidas serão comercializadas para empresas e propriedades da região, que precisam realizar compensação ambiental. Também haverá desenvolvimento de hortas com verduras, hortaliças e legumes e a venda de frutas. Serão beneficiados produtores rurais assentados, que não têm histórico nesse tipo de produção. As capacitações profissionais em técnicas agrícolas serão realizadas em parceria com a AGRAER e o Sindicato Rural.
Projeto: “Caminhos do Mel” Organização executora: ATLA - Associação Três-lagoense de Apicultores Linha de Ação: Abastecimento Alimentar Investimento: R$ 659.375,00 Objetivo: Compra de equipamentos para beneficiamento do mel pela ATLA, que já possui terreno, certificação estadual, mas precisa de equipamentos para processar, envasar, armazenar e comercializar o mel. A rastreabilidade do mel e a certificação orgânica também serão considerados pelo projeto. Os beneficiados serão os apicultores associados à ATLA e agricultores familiares dos assentamentos de Três Lagoas. Os produtos serão vendidos por meio do comércio local e regional e também para programas públicos. As capacitações técnicas serão realizadas pelo Sindicato Rural em parceria com o SENAR e pela AEMS.
Projeto: “Entreposto de Pescados Jupiá” Organização executora: Colônia dos Pescadores Profissionais Z-03 Linha de Ação: Abastecimento Alimentar Investimento: R$ 1.537.269,00 Objetivo: Adequar a infraestrutura, comprar máquinas e equipamentos e obter a Licença de Operação para o Entreposto de Pescados Jupiá. O processo prevê abate, evisceração, limpeza, filetagem ou corte em postas, embalagem e pesagem para a comercialização. Os produtos serão vendidos em supermercados, peixarias, hotéis, restaurantes e cozinhas industriais, além do comércio no entreposto e na Feira Três. As capacitações de mão de obra serão realizadas em parceria com a AEMS e com o Sindicato Rural.
Projeto: “Laticínios de Arapuá” Organização executora: Centro Rural de Arapuá Linha de Atuação: Abastecimento Alimentar Investimento: R$ 995.374,00 Objetivo: Construção de um mini-laticínio com máquinas, equipamentos e licenças para beneficiamento de leite. O produto final será leite pasteurizado tipo B, a ser vendido para supermercados, padarias, sorveterias, hotéis, restaurantes, cozinhas industriais, escolas municipais e estaduais, entre outros. As capacitações serão realizadas em parceria com a AEMS e com o Sindicato Rural. Confira os passos do programa ao longo dos cinco anos:
Sobre o Instituto Votorantim Ao completar 10 anos, o Instituto Votorantim se fortalece como agente propulsor das práticas de responsabilidade social da Votorantim. A instituição foi criada em 2002 para qualificar o investimento social da empresa, a partir da identificação de oportunidades que gerem valor para a sociedade. Com presença em mais de 300 municípios no Brasil e outros países, o Instituto orienta as unidades de negócio em ações voltadas ao desenvolvimento local sustentável, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das comunidades dessas regiões. O Instituto promove ações no campo da educação, geração de trabalho e renda, cultura, preservação e fortalecimento de direitos infanto-juvenis, entre outros. Ao longo de uma década de atuação, foram apoiados 1200 projetos, que beneficiaram mais de 4,6 milhões de pessoas. Saiba mais em: www.institutovotorantim.org.br e http://twitter.com/instvotorantim.
Sobre a Fibria
Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria possui capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas anuais de celulose, com fábricas localizadas em Três Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), esta última onde mantém a Veracel em joint venture com a Stora Enso. Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro especializado em embarque de celulose, Portocel (Aracruz, ES).
Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais renováveis, a Fibria trabalha com uma base florestal própria de 970 mil hectares em áreas localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia, dos quais 343 mil são destinados à conservação ambiental. A Fibria mantém cerca de 18.900 trabalhadores, entre empregados diretos e indiretos, e está presente em 254 municípios de sete Estados brasileiros.
Fonte: Painel Florestal
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