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Patriota prevê acordo entre Mercosul e União Europeia em um ano

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia está avançando e deve ser concluído em cerca de um ano


Publicado em: 12/08/2013 às 10:00hs

Patriota prevê acordo entre Mercosul e União Europeia em um ano

Patriota afirmou que o prazo de negociação é pressionado, pois o Mercosul deve perder, no curto prazo, benefícios no regime de preferências com o bloco europeu. “Por isso, as negociações devem avançar”, defendeu.

Agenda -“O acordo com a União Europeia deve ocorrer dentro de um ano ou um pouco mais”, disse o chanceler durante palestra a empresários e diplomatas na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Segundo ele, a agenda do acordo foi prejudicada com a suspensão temporária do Paraguai do bloco sul-americano após o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo. Mas Patriota disse que a situação deve se normalizar após a posse do novo presidente paraguaio, Horacio Cartes, na próxima semana. “A partir do dia 15 de agosto [o Mercosul] volta a negociar com participação do Paraguai”, afirmou.

Lado brasileiro - Segundo ele, o interesse no acordo pelo lado brasileiro é ainda maior hoje do que quando as negociações foram suspensas, em 2004, por contar com o apoio de grande parte do setor privado industrial. Até o fim deste ano os dois lados devem trocar propostas para a liberalização comercial. “Não podemos deixar de dizer o que o Mercosul tem representado para o Brasil em termos de taxas de comércio e também na qualidade do comércio”, afirmou, lembrando que até 90% das exportações do Brasil para seus vizinhos da América do Sul são compostas por produtos industriais, algo raro na balança comercial do país.

 Espação livre  - Patriota previu que até 2019 haverá espaço de livre comércio em todo o continente e disse que a Colômbia, um dos países com a maior taxa de crescimento no continente, merece a atenção dos esforços brasileiros para destravar o comércio. “Apenas 85% do comércio com a Colômbia é feito hoje sem entraves tarifários”.

 Prioridade  - O chanceler defendeu a posição brasileira de dar prioridade a acordos multilaterais e o próprio Mercosul. Segundo ele, acordos bilaterais nem sempre resultam em aumento do volume de comércio. “Se [o acordo] não for negociado em bases equitativas, o comércio pode diminuir”, disse, citando o caso do acordo entre Chile e Estados Unidos. “Não é óbvio esse elo entre um acordo e o desempenho melhor do comércio”, lembrou.

 Confiança   - Patriota se mostrou confiante de que a próxima reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Bali, ainda este ano, pode trazer avanços para liberação do comércio multilateral em áreas como a agricultura.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA OCEPAR/SESCOOP-PR

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