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Índia e China buscam resolver divergências e fortalecer comércio

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, disse, nesta segunda-feira (20/05), que concordava com o premiê da China, Li Keqiang, sobre a necessidade de realização de uma nova iniciativa para resolver uma prolongada disputa fronteiriça, comprometendo-se com a ?paz e a tranquilidade? entre as nações, durante visita de Li ao país


Publicado em: 21/05/2013 às 09:50hs

Índia e China buscam resolver divergências e fortalecer comércio

“Nós concordamos que nossos representantes especiais se reunirão em breve para continuar as discussões, buscando um acordo rápido sobre uma estrutura para um acordo de fronteiras razoável e mutualmente aceitável”, disse Singh, após conversas com o premiê chinês em Nova Déli. “A paz e a tranquilidade na nossa fronteira precisam ser preservadas.”

Disputa fronteiriça - O premiê chinês minimizou a disputa fronteiriça, enfatizando a necessidade de cooperação entre as duas nações. Esta é a primeira viagem ao exterior de Li após assumir o cargo em março, em uma mostra da importância da Índia para as relações exteriores chinesas. Li se reuniu no domingo com o premiê indiano e teve vários encontros com autoridades nesta segunda, incluindo uma recepção no palácio presidencial e uma cerimônia no memorial de Mahatma Gandhi.

Impasse - A visita ocorre após um impasse no oeste do Himalaia entre tropas dos dois países terminar no início de maio. Li disse que há discordâncias bilaterais, mas os países aprenderam a lidar com as disputas fronteiriças de maneira “razoável e madura”. As tensões pioraram em meados de abril, quando a Índia disse que a China havia colocado tendas mais de 10 quilômetros além de sua fronteira, ocupando território indiano. A Índia respondeu enviando tropas à área. Em 1962, a China venceu uma guerra contra a Índia por causa do território contestado, mas agora Pequim negou qualquer incursão.

Cooperação comercial - Em artigo publicado nesta segunda na imprensa indiana, Li ressaltou a necessidade de cooperação comercial, para garantir o futuro da Ásia como motor da economia global. No artigo, Li disse que os países – cujas populações somadas representam 40% do total mundial – poderiam ter resultados melhores de comércio bilateral que os US$ 70 bilhões do ano passado. Segundo ele, o resultado é “incompatível com a força e o status dos nossos dois países”.

Visita - Nesta terça-feira (21/05), Li viaja até Mumbai, capital financeira da Índia. O comércio é um dos destaques da visita, pois a China exporta ao país grandes quantidades de equipamentos, em setores como telecomunicações e energia. Muitos economistas acreditam que a Índia apenas conseguirá paridade comercial com a China quando tiver uma base de manufaturas mais desenvolvida. O governo indiano mostra-se frustrado pelo fato de as negociações comerciais iniciadas em 2010 não resultarem ainda em benefícios significativos para o país. Na manhã de quarta-feira (22/05), o premiê chinês seguirá para o Paquistão, onde fica até a quinta-feira (23/05). Ele deve passar ainda por Suíça e Alemanha.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA OCEPAR/SESCOOP-PR

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