Publicado em: 07/03/2013 às 18:10hs
Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, cerca de 500 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram o canteiro de mudas de eucalipto da fazenda Aliança, de propriedade da família da senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu. A propriedade está localizada no município de Aliança (TO), às margens da rodovia Belém-Brasília, que foi interditada dos dois lados pelos camponeses, na manhã desta quinta-feira (7/3)
Segundo nota dos manifestantes, a ação das mulheres do MST é referente ao dia internacional da mulher, comemorado amanhã (8/3), cujo lema é Mulheres Sem Terra na Luta contra o Capital e pela Soberania dos Povos!. A nota traz ainda a opinião dos movimento em relação à representante da CNA. “A ruralista e senadora Kátia Abreu é símbolo do agronegócio e dos interesses da elite agrária do Brasil, além de ser contra a reforma agrária e cometer crimes ambientais em suas fazendas. Por isso estamos realizando esse ato político e simbólico em sua propriedade”, afirma a dirigente do MST de Tocantins, Mariana Silva.
O MST diz ainda que a propriedade ocupada pelo movimento foi notificada pelo Ibama em duas situações - em 2011 e 2012 - "por desmatamento e derrubamento de árvores ou demais formas de vegetação natural em área considerada de preservação permanente".
A senadora Kátia Abreu também encaminhou uma nota em que repudia a ação do movimento, referindo-se aos manifestantes como "milícias do MST", que, segundo ela, fizeram 48 funcionários da fazenda de reféns. "Trata-se de uma propriedade produtiva, moderna, que emprega 48 trabalhadores, hoje violentamente transformados em reféns, enquanto o grupo de vândalos destruía viveiros de mudas cultivadas com alta tecnologia, destinadas ao plantio de eucaliptos, que é a atividade principal do empreendimento".
A família da senadora segue, agora de manhã, para a propriedade "para tomar as medidas judiciais cabíveis e prestar atendimento aos verdadeiros trabalhadores que lá foram feitos reféns".
Fonte: Globo Rural On-line
◄ Leia outras notícias