O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou hoje, em sabatina na Confederação Nacional de Agricultura (CNA), em Brasília, que criará um “superministério da Agricultura”, sem subordinação a outras pastas, como a da Fazenda, e prometeu: “Vou incluir a Pesca novamente sob a alçada do Ministério da Agricultura”.

Diante de uma plateia de representantes do agronegócio, o candidato atribuiu à “produção no campo” a elevação nas últimas décadas do padrão de vida de vida de milhões de brasileiros. “É essa atividade que vem sustentando o nosso PIB, nossas contas externas, gerando emprego”, observou Aécio, que defendeu o resgate da capacidade de quem produz no Brasil.

Segundo o candidato, coube ao produtor rural sustentar a economia e as contas externas, gerando milhões de empregos. “Da porteira para dentro, o Brasil é imbatível”, disse. Em seu eventual governo, a primeira prioridade será declarar guerra ao custo Brasil e resgatar a capacidade competitiva de quem produz. “O setor do agronegócio avança e vai bem não por causa do governo, mas apesar do governo.”

Aécio Neves afirmou também que instituirá metas e uma delas será no seguro rural. “Apenas 9% da área plantada no Brasil têm seguro rural. Precisamos ter metas de ampliação do seguro rural no País”, disse. Ele garantiu que é preciso ter coragem e estratégia para buscar novos mercados: “O comércio externo vai ser pragmatismo e não mais ideologia”.

Com relação ao tema reforma agrária, o candidato declarou que em seu governo, as fazendas invadidas não serão desapropriadas por um prazo de dois anos. “Respeitamos o direito de propriedade", ressaltou. Aécio afirmou que, além de não desapropriar fazendas invadidas, pretende modernizar os assentamentos rurais para aumentar a geração de renda. “Distribuir a terra simplesmente não significa gerar renda.”