Aécio Neves, candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, encontrou-se hoje, em São Paulo, com representantes do agronegócio brasileiro. A reunião ocorreu um dia após a sua participação na abertura do 13º Congresso Brasileiro do Agronegócio, também em São Paulo.

O evento de hoje teve o objetivo de discutir perspectivas de crescimento para o setor. Estavam presentes os ex-ministros da Agricultura Roberto Rodrigues e Alysson Paolinelli, o ex-ministro da Previdência e Assistência Social, Roberto Brant, o ex-secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, e o economista José Roberto Mendonça de Barros.

Ontem, na abertura do 13º Congresso Brasileiro do Agronegócio, Aécio Neves apresentou, em vídeo, suas propostas no painel de debate sobre os planos dos principais candidatos ao Palácio do Planalto para o setor. Ele defende a criação de uma estratégia de desenvolvimento para o setor, com o objetivo de gerar avanços na competitividade do agronegócio do país.

Atrair investimentos para o desenvolvimento da infraestrutura e logística será uma das prioridades do candidato. Um dos pontos destacados pelo candidato para concretizar e alavancar o crescimento são as parcerias com o setor privado, além da consolidação da legislação do crédito rural e a reforma para simplificar o sistema tributário, assim como a ampliação de novos mercados para os produtos brasileiros.

Outro tema abordado por Aécio Neves diz respeito à legislação trabalhista. Para ele, é preciso evoluir na questão e garantir aos trabalhadores do campo os mesmos direitos dados a quem trabalha na cidade. O candidato defende também o reforço de mecanismos de proteção da renda do produtor, como política de garantia de preços mínimos e o seguro rural.

O agrônomo Xico Graziano, que representou Aécio Neves no debate, ressalta que há um enfraquecimento das instituições públicas do agronegócio, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sobre o tema sustentabilidade, Graziano lembra que a produção sustentável é uma tendência global e que, no Brasil, os produtores rurais precisam ser sustentáveis, mas não se podem colocar regras que quebrem a produção.