O encontro tratou da reestruturação do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) que não funcionará por três dias em decorrência da paralisação dos servidores do órgão, que cobram estrutura física e tecnológica para o desenvolvimento das suas atividades.

O diretor executivo do Cipem, Álvaro Leite, falou que a paralisação do Indea compromete o comércio do setor, “dependemos dos certificados de origem, um documento liberado diariamente para o comércio da madeira, para isso o Indea precisa de estrutura para desenvolver sua função”, pontuou Álvaro.

O diretor do Cipem explicou que o setor de base florestal vem trabalhando em parceria com o Estado e sempre que consultado contribui com a solução das problemáticas apresentadas como no caso da Sema, na criação da superintendência de floresta e com a criação do Comitê do Indea, onde eram discutidos o desenvolvimento e as melhorias de atuação que são importantes para o seguimento madeireiro de MT.

Durante a reunião a presidente do  Sindicato Estadual dos Servidores Públicos do Sistema Agrícola Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (SINTAP/MT), Diany Dias, falou da falta de estrutura operacional e condições para que possam trabalhar adequadamente. “Não estamos reivindicando aumento de salário e sim melhoria para prestar um serviço de qualidade, pedimos que desvincule o Indea do Núcleo Sistêmico e nos dê o mínimo de suporte como estrutura física e tecnológica para que os servidores possam desempenhar sua função com eficácia” disse a presidente.

Diany ainda explicou que o núcleo sistêmico agropecuário engessa o processo das atividades e o desenvolvimento das ações da autarquia, ela explica que se o Indea não for desvinculado do Núcleo será impossível fazer a sua reestruturação. “Precisamos de autonomia financeira se continuarmos no núcleo sistêmico não conseguiremos agilizar as decisões, os processos de aquisições e até mesmo fazer o planejamento com objetivo e metas para continuar progredindo”, esclareceu Diany.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Assistência e Extensão Rural do Estado de mato Grosso (Sinterp), Gilmar Brunetto declarou que se não houver uma ação imediata para fortalecer a agricultura familiar do Estado irá falir. “Não é justo que os produtores sejam penalizados pela falta de administração do Estado. Precisamos ser lembrados pelo governo na divisão do orçamento financeiro e priorizar urgentemente investimentos no setor agropecuário cujos servidores não possuem as condições mínimas para o exercício de suas funções”.

O secretário Cezar Zilio falou que o governo irá fazer um levantamento em caráter emergencial para verificar qual será o custo financeiro para a realização da reestruturação física e operacional funcional do Indea. “Vou propor a criação por meio de uma portaria de uma comissão assessorada pela Secretaria de Cidades que fará o levantamento da estrutura física e estrutural do Indea, para que possamos verificar o que está faltando para o funcionamento adequado da autarquia e a partir daí começar a efetivar os procedimentos,” disse o secretário.

O Superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat),Luciano Vacari, que esteve presente na reunião falou que o setor agropecuário chegou no limite da sua atuação e que o governo vem passando por dificuldade operacional. “Chegamos a pensar que a questão é a falta de prioridades com o setor”, declarou Luciano.

Estiveram presentes na reunião o deputado estadual Ademir Brunetto,  secretário-chefe da Casa Civil José Lacerda, secretário de Estado de Administração, Cezar Zilio, Secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Carlos Milhomem, presidentes do Indea-MT, Jurandir Ribas, e da Empaer, representado pelo Diretor de Operações, Almir de Souza Ferro, superintendente, e do diretor executivo da Federação da Agricultura  e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Ceneri Paludo.