De acordo com o senador Rodrigo Rollemberg, autor do requerimento de realização da audiência e presidente da Comissão, o desafio é combinar produção e proteção do Cerrado. “Devemos pensar formas mais eficientes de evitar o avanço sobre  áreas preservadas investindo em Ciência, Tecnologia e Inovação”.

O chefe-geral da Embrapa Cerrados, José Roberto Peres, participou da audiência pública. “Nosso desafio atual é produzir com sustentabilidade”, enfatizou. De acordo com ele, se não fossem os investimentos em tecnologias, para produzir a mesma quantidade de alimentos que se produz hoje, seria preciso utilizar uma área três vezes  maior. Nesse contexto, ele afirmou que o que se busca é gerar fatores de produção que potencializem um novo modelo agrícola no Cerrado e destacou a tecnologia de _integração Lavoura-Pecuária-Floresta_. “A iLPF é o sistema de produção agrícola do futuro”.

Para contribuir com o debate, Peres repassou alguns aspectos relacionados ao tema que, segundo ele, merecem reflexão. O primeiro deles é a necessidade de aprimorar e incrementar os zoneamentos. “É importante passarmos do zoneamento de riscos climáticos para o agroecológico e depois para o ecológico econômico”. Ele ainda destacou a necessidade de que sejam cada vez mais viabilizados os usos de sistemas  de produção sustentáveis. Também enfatizou a importância de que sejam aprimorados programas específicos de governo e do setor privado e que as políticas públicas já existentes nos três níveis de governo estejam cada vez mais alinhadas.

Também estavam presentes na audiência pública, a diretora da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Mercedes Bustamante, o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Roberto  Cavalcanti, o presidente do Conselho da Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação (Ecodata), Donizete Tokarski; e o superintendente da Fundação Pró-Natureza (Funatura), César do Espírito
Santo.