Publicado em: 02/09/2025 às 11:45hs
O vazio sanitário do algodão em Minas Gerais, que terá início em 20 de setembro e vai até 20 de novembro de 2025, é uma medida obrigatória de proteção fitossanitária destinada a controlar a população do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) e proteger as lavouras da safra 2025/26. Para áreas irrigadas abaixo de 600 metros de altitude, o período de cumprimento será de 30 de outubro a 30 de dezembro.
O vazio determina que nenhuma planta de algodão em estágio reprodutivo deve permanecer nas áreas durante o período de vigência. A presença de soqueiras e plantas voluntárias aumenta o risco de disseminação do bicudo.
Outras obrigações incluem:
Todas as áreas plantadas devem ser cadastradas no IMA, com pelo menos um ponto georreferenciado, até 60 dias após o término do plantio. O cadastro deve ser renovado a cada safra, preenchendo a Ficha de Inscrição da Unidade de Produção e entregando-a no escritório local do Instituto.
Produtores que desejam plantar durante o período do vazio podem solicitar autorização até 30 de abril, apresentando o Plano de Trabalho Simplificado, conforme a Portaria IMA nº 1884, de 23/11/2018.
De acordo com Leonardo do Carmo, gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, a fiscalização em 2025 seguirá um programa amostral, com inspeções presenciais e atendendo denúncias recebidas pelos canais oficiais, como site, Fale Conosco e Ouvidoria Geral do Estado.
Produtores notificados devem eliminar as plantas irregulares, sob risco de processo administrativo e multa. O IMA mantém informações públicas sobre o vazio no site institucional e possui 186 escritórios para atendimento local.
A Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) reforça orientações técnicas aos associados, por meio de visitas, monitoramento e eventos, como o Circuito Técnico Amipa. Com apoio do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), a entidade distribui dispositivos “tubo mata-bicudo” e armadilhas com feromônio para monitoramento.
O engenheiro agrônomo José Lusimar Eugênio destaca práticas que auxiliam na redução de custos e na eficiência do controle da praga:
Pós-colheita: destruição imediata de soqueiras, instalação de tubos mata-bicudo nas bordaduras e eliminação de plantas tigueras/resíduos.
O cumprimento do vazio reduz a pressão populacional do bicudo, diminui a necessidade de aplicações de pesticidas, preserva a produtividade e fortalece a competitividade da cotonicultura mineira. A medida protege a renda dos produtores e contribui para a sustentabilidade da cadeia produtiva.
A Amipa recomenda que todos os produtores verifiquem a situação do cadastro no IMA antes do início do período do vazio e eliminem os restos culturais em até 15 dias após a colheita. Além disso, é fundamental buscar orientação técnica especializada para implementar o manejo integrado do bicudo-do-algodoeiro.
Portaria Estadual -- Cadastro de área e ficha de inscrição de unidade produtiva
Fonte: Portal do Agronegócio
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