Governo

Tenho orgulho do cooperativismo do Paraná, diz ministra Gleisi

O cooperativismo do Paraná é muito forte, é uma referência no desenvolvimento das cooperativas do Brasil como um todo


Publicado em: 10/12/2013 às 09:40hs

Tenho orgulho do cooperativismo do Paraná, diz ministra Gleisi

“O cooperativismo do Paraná é muito forte, é uma referência no desenvolvimento das cooperativas do Brasil como um todo. E como bem diz o convite deste evento, hoje é um momento para se comemorar, integrar e fazer um balanço do sucesso que as cooperativas paranaenses tiveram este ano”, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, na manhã desta sexta-feira (06/12), durante o Encontro Estadual de Cooperativistas do Paraná. Segundo ela, o evento, que reuniu 1.500 cooperativistas do Paraná, no Teatro Positivo, em Curitiba, também é um momento para fortalecer o sistema e de difundir a cultura cooperativista. “Eu tenho muito orgulho do sistema cooperativista paranaense”, revelou Gleisi.

Organização – A ministra, que é paranaense, contou que sempre lhe perguntam como o sistema cooperativista do Paraná está organizado e qual o segredo do seu sucesso. “Digo que um setor que responde por 56% do PIB agrícola, falando aqui só da agricultura, que é um modelo de organização e força, que congrega 230 cooperativas, reúne quase um milhão de cooperados, possui mais de 2,5 milhões de pessoas envolvidas no processo, investiu R$ 3 bilhões em áreas sociais, em funcionários, comunidade e meio ambiente, e que representa e opera, sobretudo, com pequenos e médios produtores rurais, merece os parabéns pelo trabalho e pelos resultados, os quais são impressionantes”, disse referindo-se ao crescimento de 12% ao ano das cooperativas paranaenses. “Crescer nesta média é superar um desafio muito grande. Registrar um faturamento de R$ 38 bilhões em 2012, e caminhar para os R$ 43 bilhões em 2013, gerar 1,7 milhão postos de trabalho. Esta é a importância que vocês têm para a economia do Estado e do Brasil. É o trabalho de cada um de vocês”, disse a ministra para os cooperativistas presentes.

Ramos – Em reconhecimento ao trabalho realizado no Estado, a ministra saudou todos os ramos do cooperativismo, o crédito, a saúde, infraestrutura, transporte, entre outros. “Em relação ao cooperativismo de produção, em especial, acredito que o sucesso tem que ser compartilhado com cada agricultor e agricultora, porque eles são um orgulho para o nosso Paraná e para o sistema cooperativista. É gente que trabalha, desprendida, que vence desafios”, comentou.

Agradecimento – Ela agradeceu ainda ao presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, que “além de ser um insistente cobrador, o que está correto, é um colaborador importante na definição das políticas públicas”. O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, também foi citado pela ministra. “A colaboração, a força e organização do sistema cooperativista do Paraná, nos ajudaram a construir políticas públicas que hoje fazem a diferença e auxiliam no desenvolvimento do cooperativismo”, disse.

Colaboração - Gleisi Hoffmnann lembrou, por exemplo, que o Plano Safra 2013/2014 que, na opinião na ministra, foi um dos melhores já construídos pelo governo, só alcançou os resultados esperados porque teve a participação do Paraná. “Tivemos a colaboração de lideranças do país inteiro, mas essencialmente o Paraná foi de fundamental importância tanto para o Plano Safra, quanto para o Código Florestal Brasileiro. Em relação ao Código, não foram poucas vezes que a presidente Dilma nos disse para ligar para cá, porque aqui vocês entendem muito disso. Ela nos dizia para perguntar o que os paranaenses estão achando disso ou daquilo, e como isto vai refletir na pequena propriedade para que nós pudéssemos fazer uma lei que concilie preservação ambiental com produção agrícola, e que possa fazer a diferença na vida das pessoas”, afirmou.

Plano Safra e armazenagem- Segundo a ministra, o Plano Safra também é resultado disso. “Se hoje temos R$ 136 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário, sete vezes o que nós tínhamos em 2002, e se temos R$ 21 bilhões para a agricultura familiar, se deve ao trabalho e a luta que vocês empreenderam”, frisou. A ministra destacou ainda as medidas voltadas a armazenagem, em que o sistema cooperativista teve uma participação significativa na sua construção. “É um plano que prevê R$ 25 bilhões em cinco anos, com um juro menor, de 3,5%, três anos de carência e 15 anos para pagar, para que nós possamos ter armazéns pelo nosso Estado e pelo nosso país, dando condições para o produtor poder vender a sua safra no melhor momento”, disse.

Infraestrutura - Ainda de acordo com ela, há um esforço por parte do governo em ajudar um setor produtivo, o qual responde por quase 25% do PIB nacional, sendo responsável pelos resultados positivos da balança comercial brasileira, e que garante grande parte dos empregos do país. “Por isso, os investimentos em logística são os grandes desafios e uma responsabilidade para o governo. Temos o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que já avançou muito em termos de investimentos em rodovias e ferrovias, mas a presidenta nos pediu que elaborássemos um plano ousado, de parceria com a iniciativa privada visando melhorar o escoamento da produção e reduzir os custos, trazendo competitividade aos produtos brasileiros. Por isso, lançamos o Plano de Planejamento e Logística que prevê, nos próximos 15 anos, um investimento de R$ 240 bilhões em infraestrutura. No Paraná, temos uma previsão de investir R$ 1 bilhão para melhorar o acesso ao Porto de Paranaguá e também da dragagem. E estamos estudando o trecho ferroviário que sai de Maracajú (MS), passa por Guaíra, vai até a Lapa e desce até Paranaguá. Eu tenho certeza que isto vai ajudar muito o desenvolvimento do Estado”, conclui.