Publicado em: 12/12/2024 às 11:05hs
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal rejeitou, nesta quarta-feira (11), o Projeto de Lei nº 3.687/2019, de autoria do senador Randolfe Rodrigues, que visava alterar o Código Florestal para tornar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) um registro permanentemente aberto e ampliar os prazos para adesão dos produtores rurais. A decisão foi baseada no parecer do relator, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que avaliou a proposta como desnecessária devido às recentes modificações na legislação ambiental.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), relator ad hoc na CRA, explicou que a proposta perdeu relevância após a aprovação da Lei nº 13.887, de 17 de outubro de 2019. Mourão destacou que a nova legislação estabelece que a inscrição no CAR é obrigatória e pode ser feita por prazo indeterminado para todas as propriedades e posses rurais. Além disso, a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) deve ser solicitada em até dois anos, o que, segundo ele, já atende às necessidades dos produtores.
O Projeto de Lei nº 3.687/2019 propunha três mudanças principais no Código Florestal (Lei nº 12.651/2012):
No entanto, Mourão argumentou que essas alterações foram superadas pela Lei nº 13.887/2019, que oferece prazos mais flexíveis e amplia a concessão de crédito agrícola para imóveis que estejam inscritos no CAR, sem limite de data. “Essa mudança torna o crédito agrícola mais compatível com a inscrição no CAR, promovendo uma aplicação mais coerente da legislação florestal”, explicou.
Embora reconhecendo a importância do tema, o senador Mourão afirmou que o projeto não traria avanços significativos, pois a legislação vigente já cumpre de forma mais eficaz as demandas apresentadas. Com a rejeição da proposta pela CRA, que tem caráter terminativo, o PL nº 3.687/2019 não será enviado para votação no plenário do Senado. Mourão concluiu que a proposta foi considerada "prejudicial", em linha com a posição da Comissão de Meio Ambiente, que também havia deliberado negativamente sobre o projeto.
Fonte: Portal do Agronegócio
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