Publicado em: 19/05/2025 às 11:35hs
Após a confirmação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sobre um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina intensificou as ações de defesa sanitária para proteger seu território e garantir a segurança dos países importadores.
Por meio da Portaria Mapa nº 795, de 15 de maio de 2025, foi declarado estado de emergência zoossanitária em Montenegro (RS) por 60 dias, devido à detecção da IAAP em estabelecimento comercial de aves. Essa medida visa controlar a disseminação da doença e proteger o setor avícola nacional.
A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiram a Nota Técnica nº 001/2025, com orientações para reforço das medidas de biosseguridade na avicultura comercial.
Entre as ações adotadas estão:
Os médicos-veterinários da Cidasc foram orientados a realizar avaliação rigorosa nos atendimentos de aves com sintomas de Síndrome Respiratória e Nervosa (SRN), que está associada à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade.
Além disso, durante as rotinas de vigilância e certificação, os profissionais reforçam orientações sobre a importância da biosseguridade para prevenir a entrada e a disseminação de doenças aviárias, tanto em aves comerciais quanto em criações de subsistência.
“Santa Catarina é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, graças à aplicação rigorosa das normas de biosseguridade e ao trabalho da defesa sanitária realizado pela Cidasc”, destaca o secretário da Agricultura, Carlos Chiodini.
Ele ressalta que, seguindo orientações do governador Jorginho Mello, o estado está em alerta máximo, reforçando medidas para impedir a entrada da doença. “É fundamental que todos façam sua parte”, afirma.
A Cidasc alerta que o momento exige atenção máxima. Produtores devem reforçar protocolos, incluindo:
A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, enfatiza que “carne de aves e ovos são seguros e podem ser consumidos normalmente, pois não transmitem a doença ao ser humano”.
Aves mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas. É fundamental comunicar imediatamente qualquer suspeita à Cidasc por meio do sistema e-Sisbravet (bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET) ou diretamente em escritórios locais. Os contatos estão disponíveis no site oficial da Cidasc.
Este é o primeiro foco da IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. O vírus circula desde 2006 principalmente em regiões da Ásia, África e norte da Europa.
A doença é causada por vírus altamente patogênicos para aves, com baixo risco de transmissão para humanos, geralmente restrito a pessoas que mantêm contato intenso com aves infectadas.
Autoridades sanitárias reforçam que o consumo de carne de aves e ovos não oferece risco à saúde humana e deve continuar normalmente, tranquilizando consumidores em meio às medidas de controle da doença.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias