No lançamento do Plano Agrícola e Pecuário (Plano Safra) pela ministra da Agricultura e Pecuária, Kátia Abreu, ocorrido na última quinta-feira, 25, em Palmas, o secretário de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Clemente Barros ressaltou os avanços positivos para o crescimento do setor agropecuário. “Esse plano mostra que estamos no caminho certo, estes investimentos irão garantir o desenvolvimento do agronegócio do Brasil e, especificamente no Tocantins”, disse.

O Secretário ressaltou ainda que, apesar da crise econômica no país, o setor agropecuário demonstra confiança no potencial de crescimento do agronegócio. “O Tocantins é um dos estados na rota desse crescimento, o Matopiba, por exemplo, é uma região de perspectivas para o desenvolvimento do agronegócio”, reforçou.

Os recursos disponibilizados ao crédito rural para as operações de custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial alcançam R$ 187,7 bilhões no ano safra 2015/2016. O plano baseia-se no apoio aos médios produtores, garantia de elevado padrão tecnológico, fortalecimento do setor de florestas plantadas, da pecuária leiteira e de corte, melhoria do seguro rural e sustentação de preços aos produtores por meio da Política de Garantia de Preços Mínimos.

Investimento

Os produtores rurais e pecuaristas manifestaram positivamente sobre o lançamento do Plano, como foi o caso do pecuarista do município da Região de Miracema do Tocantins, Juracy dos Santos. “É um investimento para impulsionar ainda mais a vocação agropecuarista do Tocantins, com isso, o crescimento da criação bovina e agrícola do Estado”, disse.

Já o produtor de soja e arroz, da região de Lagoa da Confusão, Nelson Moreira falou sobre as expectativas. “Para nós produtores, esse plano é uma janela aberta para estimular a produção agropecuária, significa mais investimentos para expandir as nossas atividades”, definiu.

Recurso

O volume de recursos destinados ao financiamento da agricultura teve alta de 20% em relação ao período anterior, que foi de R$ 156,1 bilhões. Para o financiamento de custeio a juros controlados estão programados R$ 94,5 bilhões, 7,5% a mais em comparação com o período anterior (R$ 87,9 bilhões) e reflete o crescimento dos custos de produção. Já para investimentos, são R$ 33,3 bilhões.

Limites de financiamento

O limite de financiamento de custeio, por produtor, foi ampliado de R$ 1,1 milhão para R$ 1,2 milhão, enquanto o destinado à comercialização passou de R$ 2,2 milhões para R$ 2,4 milhões. Em ambos os casos, o aumento foi de 8%. Foi mantido o limite de R$ 385 mil por produtor nos créditos de investimentos com recursos obrigatórios.

No Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o limite de financiamento é diferenciado, sendo de R$ 710 mil por agricultor na modalidade custeio.

Taxa de juros

As taxas de juros do Pronamp para os médios produtores foram estabelecidas em 7,75% ao ano para custeio e 7,5% ao ano para investimento. Para os empréstimos de custeio da agricultura empresarial, a taxa é de 8,75% ao ano. Já para financiar os demais programas de investimentos, a taxa varia de 7% a 8,75% ao ano (faturamento até R$ 90 milhões).

Os programas de investimentos prioritários – médio produtor rural, aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, agricultura de baixa emissão de carbono (ABC), expansão da capacidade de armazenagem, irrigação e inovação tecnológica – seguem tendo tratamento diferenciado.