Publicado em: 06/06/2025 às 11:15hs
Nesta quarta-feira (4/6), 32 municípios mineiros foram oficialmente incorporados ao Programa Estadual de Regularização Fundiária Rural de Minas Gerais. O evento ocorreu na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, com a assinatura dos Acordos de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e as prefeituras selecionadas por meio do último Edital de Chamamento Público.
A parceria deve beneficiar cerca de 1.600 famílias, que passarão a contar com o apoio do governo estadual para garantir a documentação formal da posse das terras que cultivam. O acordo define as responsabilidades municipais no processo de transferência do imóvel para os posseiros, por meio do Título de Legitimação da Posse de Terra Devoluta Estadual.
O secretário de Agricultura de Minas, Thales Fernandes, destacou a importância da regularização para a segurança jurídica dos agricultores. “Muitos trabalham a terra há anos, mas não têm a posse documentada. Com a escritura, eles podem participar de programas institucionais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), além de conseguir crédito e aposentadoria”, ressaltou.
Thales Fernandes também enfatizou o papel fundamental das prefeituras e da Emater-MG para a execução do programa. “É com a capilaridade da Emater e o apoio das prefeituras que conseguimos nos aproximar dos produtores rurais, ouvindo suas necessidades para garantir que tenham seus documentos em dia”, afirmou.
Para o vice-governador Mateus Simões, o programa representa um avanço significativo para milhares de famílias. “Mais do que segurança jurídica, a regularização garante que essas famílias possam viver da agricultura familiar, gerando renda e movimentando a economia local”, destacou.
Joaquim Pereira de Amorim, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Montezuma, no Norte de Minas, ressaltou os resultados práticos da iniciativa: “Regularizar a terra é dar voz e vez ao agricultor. Em 2023 foram entregues 198 títulos e, em 2024, mais 104, tirando esses produtores da informalidade e impulsionando a economia local em 80%”.
Os municípios interessados devem se inscrever no Chamamento Público da Secretaria de Agricultura. Após seleção, são realizadas audiências públicas para informar a população sobre o programa. Em seguida, ocorre o cadastramento dos posseiros interessados, análise documental e vistoria técnica com georreferenciamento das áreas.
A conclusão inclui a elaboração de relatórios técnicos e jurídicos, validação pelos órgãos competentes e a emissão dos títulos de posse, garantindo a regularização formal e o direito dos agricultores sobre suas terras.a
Assinatura de ACTs (2) Diego Vargas
Fonte: Portal do Agronegócio
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