Publicado em: 05/09/2013 às 10:00hs
“Agora, que a soja foi praticamente toda exportada, vai facilitar um pouco mais o transporte desse milho do Mato Grosso, Mato grosso do Sul e Goiás, aqui para o semiárido”, ressaltou o ministro. Outra dificuldade apontada por ele é o sistema logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que não permite o transporte de milho a granel em caminhões, sendo necessário que a carga seja ensacada na origem, dificultando a descarga.
A ideia, segundo Andrade, é modernizar esses armazéns para que o milho seja transportado a granel e ensacado no destino. “Por isso, nesse Plano Safra foram previstos R$ 150 milhões para modernizar os armazéns. Transformá-los em graneleiros, podendo receber até 50 caminhões de milho por dia, o que não acontece hoje. Hoje, um armazém desse recebe no máximo seis caminhões de milho por dia. É uma grande dificuldade”.
Produtores
Para minimizar os efeitos da deficiência logística os produtores cearenses estão organizando um sistema de compartilhamento do transporte. “Estamos mobilizando os sindicatos para que aqueles produtores que estejam interessados recebam o grão possam fazê-lo através da carona amiga. Se faltam dez produtores para receber o milho, eles podem representam um caminhão para o recebimento do milho na localidade. O acréscimo vai diminuir o custo da saca por produtor. É o esforço que a estamos fazendo para a apressar o recebimento da remessa na tentativa de encerrar este saldo”, diz o presidente da Associação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya.
Ele também sugere incentivos para a produção de forragem e pastagem, além da construção de silos. A falta de alimento e estrutura para armazenagem, diz Saboya, é um gargalo para a produção leiteira do Estado.
Conforme mostrou a edição de ontem do O POVO, cerca de 4,7 mil produtores pagaram e ainda não receberam o milho doado em abril pela União ao Governo do Estado. Das 30 mil toneladas que desembarcaram no Porto do Pecém em junho, 5,5 mil ainda estão armazenadas no porto. A doação foi medida emergencial contra os efeitos da seca, reforçando a distribuição feita Conab, que vem de caminhão.
Fonte: O Povo
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