O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) quer o controle das políticas florestais do Brasil, que hoje pertencem ao Ministério do Meio Ambiente (MME).

Para Derli Dorsa, Chefe de Gestão Estratégica do MAPA, trata-se de uma questão política que precisa ser resolvida pelo fato de o Brasil ser uma potência florestal e ter amplas condições de desenvolver a silvicultura, que ainda não tem nem 10 milhões de hectares de florestas plantadas.

Na avaliação de Dorsa, o Brasil viverá dias melhores na área florestal. Em palestra durante o Timberland Investing Latin America Summit, que está sendo realizado até quinta-feira, 21, no Club Transatlântico, em São Paulo, ele adiantou que em menos de três anos os bancos públicos brasileiros estarão promovendo o financiamento de florestas, como hoje já existe na agricultura.

Doutor em economia rural e com experiência de doze anos desenvolvendo pesquisas na Embrapa, Derli Dorsa enfatizou que do mesmo jeito que o Brasil hoje alimenta uma população de quase 195 milhões de habitantes e mais 50 milhões de estrangeiros de diversas nações, o setor florestal poderá fazer o mesmo.

“Na agricultura, a balança comercial está superavitária em R$ 78 bilhões e a silvicultura caminha para isso no futuro. Há indicações de linhas de crédito até para madeira nobre. O governo está vendo tudo isso e enxerga a grandiosidade do setor”, explicou Dorsa.