Publicado em: 18/12/2024 às 11:20hs
O Brasil encerra o ano de 2024 reafirmando sua liderança no setor agropecuário global, com um desempenho notável na diversificação de mercados e no aumento das exportações. Sob a coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a colaboração com diversas entidades, o país estabeleceu um novo recorde, abrindo em média um mercado internacional a cada dois dias para seus produtos agrícolas. Desde o início de 2023, o Brasil já conquistou 286 novos mercados em 62 países, abrangendo todos os continentes e ampliando sua presença global.
Entre janeiro e outubro de 2024, as exportações agrícolas brasileiras alcançaram US$ 140 bilhões, um crescimento de 0,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os principais setores exportadores incluem o complexo soja, com US$ 50,3 bilhões (35,9% do total), carnes (US$ 21,4 bilhões, 15,3%), complexo sucroalcooleiro (US$ 16,6 bilhões, 11,9%) e produtos florestais (US$ 14,3 bilhões, 10,2%). Juntos, esses segmentos responderam por 80,3% do total exportado pelo agronegócio brasileiro.
O Brasil se mantém como líder global na exportação de carne bovina, com quase 160 destinos, e continuou ampliando suas exportações para novos mercados, como México e República Dominicana. Já a carne de frango, outro setor de destaque, alcançou mais de 150 mercados, com avanços significativos em países como Reino Unido, Filipinas e Cuba.
Além disso, produtos como carne suína, algodão e suco de laranja também atingiram números expressivos, com a carne suína alcançando US$ 2,32 bilhões e o algodão exportando 2,12 milhões de toneladas. O setor florestal teve destaque, com a celulose exportada somando US$ 8,79 bilhões, um crescimento de 33,9% em relação ao ano anterior.
A ampliação da rede de adidâncias agrícolas foi um passo importante para o fortalecimento da presença brasileira no comércio internacional. Em 2024, foram criados 11 novos postos, elevando para 40 o número de adidos agrícolas, um aumento de 38% em relação ao ano anterior. Esses profissionais desempenharam um papel fundamental na abertura de mercados, superando barreiras técnicas e promovendo os produtos agropecuários brasileiros.
O Brasil também se destacou internacionalmente ao liderar o Grupo de Trabalho de Agricultura do G20, com a realização de uma reunião histórica em Chapada dos Guimarães (MT). O evento resultou na aprovação de uma Declaração Ministerial que abordou questões como segurança alimentar, sustentabilidade e mudanças climáticas.
A parceria com a China, maior comprador de produtos agrícolas brasileiros, também foi reforçada em 2024. O país asiático habilitou 39 novas plantas frigoríficas brasileiras e revogou o antidumping sobre a carne de frango, ampliando as oportunidades para os exportadores brasileiros. Além disso, foram conquistados novos mercados para produtos como noz-pecã, sorgo, gergelim e uvas frescas, com uma projeção de impacto de US$ 500 milhões.
O Brasil também consolidou sua presença em mercados estratégicos, com avanços significativos na África, América do Norte, Oceania e Ásia. A África do Sul habilitou 19 novos frigoríficos brasileiros para exportação de carnes, enquanto os Estados Unidos simplificaram os processos de exportação de pescados, consolidando o Brasil como o segundo maior fornecedor de tilápia no mercado norte-americano. A Austrália flexibilizou normas alfandegárias, ampliando o acesso da cachaça brasileira, e o Canadá incluiu novos estados na exportação de carne bovina.
Na Ásia, a Malásia aumentou o número de plantas habilitadas para a exportação de carne de frango halal, e Marrocos autorizou a importação de 20 mil toneladas de carnes com isenção de IVA, além de permitir a entrada de até 120 mil bovinos.
Além das negociações comerciais, o Brasil se empenhou na promoção de sua imagem por meio de feiras e missões internacionais, que geraram negócios imediatos de US$ 26 milhões e projeções de US$ 308 milhões para os próximos 12 meses. As feiras internacionais, como a Thaifex, na Tailândia, e a Food Ingredients Europe, na Alemanha, foram essenciais para consolidar a presença do Brasil nesses mercados.
O país também avançou na área de sustentabilidade com o Programa de Conversão de Pastagens Degradadas, atraindo novos investimentos estrangeiros e promovendo a imagem positiva da produção agrícola nacional. As ações de promoção, como o Projeto Estratégico de Imagem do Agro e a Caravana do Agro Exportador, foram fundamentais para ampliar o acesso a mercados promissores e reforçar a competitividade do Brasil no cenário global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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