Publicado em: 16/12/2025 às 11:10hs
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) encerra 2025 com um balanço positivo de suas ações voltadas ao fortalecimento do agronegócio brasileiro. Sob coordenação da Secretaria de Política Agrícola (SPA), o ano foi marcado por avanços estruturantes em crédito rural, financiamento privado, comercialização e gestão de riscos climáticos, além da ampliação do diálogo com o setor produtivo.
Segundo o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, 2025 foi um ano desafiador, mas de conquistas expressivas:
“O maior desafio foi entregar um Plano Safra histórico, com R$ 516 bilhões em crédito rural, mesmo em um cenário de taxa básica de juros de 15%. É um resultado que reafirma a força do agronegócio brasileiro.”
Com o tema “Força para o Brasil crescer”, o Plano Safra 2025/2026 destinou um volume recorde de R$ 516 bilhões em crédito rural — sendo R$ 189 bilhões em recursos controlados e R$ 327 bilhões em recursos livres.
O plano apresentou crescimento de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior e trouxe ajustes para ampliar a previsibilidade e sustentabilidade das operações, com foco em financiamento verde e gestão de riscos.
Em 2025, o financiamento privado consolidou-se como complemento essencial ao crédito rural, com a inclusão oficial das Cédulas de Produto Rural (CPRs) no Plano Safra.
As CPRs movimentaram R$ 188,5 bilhões em operações vinculadas a Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e à poupança rural. O estoque total de CPRs atingiu R$ 548 bilhões em outubro, alta de 90% sobre 2023. Já as LCAs somaram R$ 605,9 bilhões, crescimento de 37% no mesmo período.
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) passou a ser obrigatório para operações acima de R$ 200 mil no Pronaf e para contratos sem Proagro, ampliando a segurança das operações de crédito.
Além disso, entrou em operação o Zarc em Níveis de Manejo (ZarcNM), utilizado de forma piloto no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), inicialmente voltado à soja no Paraná. A medida visa evitar liberações de crédito em períodos de risco climático e promover maior sustentabilidade na produção.
O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) avançou em 2025 com a aplicação de R$ 482 milhões em subvenções, possibilitando a contratação de 47 mil apólices e beneficiando 37 mil produtores.
Ao todo, foram 2 milhões de hectares segurados, totalizando R$ 13 bilhões em valor segurado. Segundo o ministro Carlos Fávaro, o objetivo é reconstruir o seguro agrícola brasileiro e torná-lo mais acessível e eficiente.
A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) destinou R$ 181,1 milhões para a formação de estoques públicos de arroz, por meio de opções públicas de venda, resultando em 4.044 contratos (109,2 mil toneladas).
As Aquisições do Governo Federal (AGFs) somaram R$ 16 milhões, contemplando arroz, milho e trigo. Já o Programa de Venda em Balcão comercializou 135,3 mil toneladas de milho, atendendo 16,6 mil pequenos criadores.
O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) também apresentou bons resultados, com R$ 7,18 bilhões disponibilizados para o financiamento do setor cafeeiro em 2025/2026, distribuídos em cinco linhas de crédito: custeio, comercialização, aquisição de café, capital de giro e recuperação de cafezais.
Durante o ano, a SPA produziu importantes análises econômicas para orientar o planejamento do setor agropecuário. Entre os destaques estão o Boletim Mensal de Exportações, o Valor Bruto da Produção (VBP), o ranking dos 100 municípios mais ricos do agro e as Projeções do Agronegócio 2023/24 a 2033/34, que abrangem 28 produtos agrícolas e pecuários.
O MAPA também criou mecanismos de reestruturação de passivos produtivos, com linhas especiais de refinanciamento definidas pela Resolução CMN nº 5.247, além de medidas emergenciais para cooperativas do Rio Grande do Sul afetadas por eventos climáticos.
“Nosso foco foi garantir que produtores atingidos por intempéries tivessem condições de continuar produzindo, preservando a capacidade de investimento e geração de renda”, afirmou Guilherme Campos.
Em 2025, as Câmaras Setoriais e Temáticas do Mapa mantiveram um ritmo intenso de trabalho, com 157 reuniões realizadas (140 ordinárias e 17 extraordinárias).
Esses fóruns contaram com 39 Câmaras ativas, apoiadas por 150 grupos técnicos, responsáveis por discutir preços, rastreabilidade, sustentabilidade, comércio exterior e mercado de carbono.
No primeiro semestre, foram 290 encaminhamentos oficiais, mostrando que o diálogo entre governo e setor privado continua efetivo e produtivo.
Em síntese:
O ano de 2025 marcou o avanço de políticas estruturantes para o agronegócio brasileiro, com recorde em crédito rural, modernização do seguro agrícola, forte expansão do financiamento privado e maior integração entre governo e setor produtivo.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias