Publicado em: 23/09/2025 às 11:54hs
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou nesta terça-feira (23) na 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Em sua fala, o mandatário brasileiro reforçou a defesa da soberania nacional, criticou sanções unilaterais e destacou a importância do combate à fome e às desigualdades sociais.
Lula iniciou seu pronunciamento afirmando que "nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis", arrancando aplausos da plateia. A declaração foi interpretada como uma resposta às recentes sanções impostas pelos Estados Unidos a autoridades brasileiras, incluindo a esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e o Instituto Lex, ligado à família do magistrado. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil classificou as medidas como "indevidas" e um "novo ataque à soberania brasileira".
O presidente enfatizou que a única guerra da qual todos podem sair vencedores é a que se trava contra a fome e a pobreza. Nesse contexto, Lula mencionou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada no G20 e que já conta com o apoio de 103 países. Ele também alertou para os impactos das desigualdades sociais, como as diferenças salariais entre homens e mulheres, e afirmou que a pobreza é tão inimiga da democracia e da paz quanto os extremismos políticos.
Lula criticou o negacionismo climático e cobrou ações concretas para enfrentar a crise ambiental. Ele destacou que o Brasil reduziu o desmatamento na Amazônia em 50% no último ano e se comprometeu a erradicá-lo até 2030. Além disso, o presidente brasileiro defendeu uma ampla reforma na ONU para torná-la mais eficaz no enfrentamento dos desafios globais contemporâneos.
O discurso de Lula na ONU reafirma o compromisso do Brasil com a defesa da soberania nacional, o combate à fome e às desigualdades sociais, e a promoção de ações concretas para enfrentar a crise climática. Ao mesmo tempo, o presidente brasileiro posiciona o país como um defensor do multilateralismo e da reforma das instituições internacionais para que possam responder de maneira mais eficaz aos desafios globais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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