Governo

Governo quer concessão para hidrovias

Os rios brasileiros, principalmente do Norte, podem ser alternativa para escoar boa parte da safra de grãos do Centro-Oeste brasileiro, mas o abandono de leitos e a construção de hidrelétricas impedem que a Bacia Amazônica seja uma rota possível no momento


Publicado em: 22/04/2013 às 14:10hs

Governo quer concessão para hidrovias

Entre os debates no governo, há a possibilidade de se conceder à iniciativa privada a manutenção de leitos (o que exige dragagem) e de portos fluviais e até incluir nesses leilões a construção de obras como derrocamento e eclusas. Uma dificuldade, porém, é definir o modelo de remuneração do concessionário, uma vez que nunca se cobrou pedágios em leitos de rio.

- Hidrovia será uma alternativa fundamental para o escoamento de grãos, como o Rio Madeira já é hoje - disse Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Projetos e Logística (EPL).

Segundo ele, para melhorar o escoamento de grãos já estão incluídas nos programas de concessões algumas obras como a ferrovia Norte-Sul que vai até Belém. Com as concessões já lançadas, espera-se uma queda de 30% no custo do frete até os portos.

- O que vai resolver o problema da logística é o que está previsto nos programas de concessão, mas isso tem um prazo de maturação de dois a cinco anos. No curto prazo, podem ser obtidos ganhos de produtividade, com armazéns reguladores.

A ampliação da capacidade de armazenagem do país constará do novo plano da safra 2013/2014, que será anunciado em maio. A ideia é que a iniciativa privada construa os silos e estes sejam cadastrados na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para uso de estoques reguladores.

Segundo dados da Conab há 17.587 armazéns no Brasil, com capacidade de 148 milhões de toneladas, para uma safra esperada de 184 milhões de toneladas de grãos este ano. Apenas 4% são públicos, o que levou a instituição a gastar quase R$ 300 milhões com armazenagem de estoques públicos em unidades de terceiros.

A Confederação Nacional da Agricultura estima uma demanda de R$ 1,7 bilhão para construção de silos no primeiro ano do programa.

Fonte: O Globo

◄ Leia outras notícias