Publicado em: 12/08/2014 às 11:20hs
A proposta, negociada entre o Ministério da .Agricultura e o da Fazenda, e obtida pelo Broadcast, serviço em temjx) real da Agência Estado, aponta que o "histórico de desequilíbrio econômico financeiro vivenciado pelos citricultores" pode trazer problemas de pagamento do passivo total, apesar da baixa inadimplência.
Produtores, no entanto, mos- tram pessimismo em relação à renegociação. A proposta atinge, principalmente, citriculto-res paulistas e mineiros, que concentram 80% da produção nacional da fruta, e segue a linha de acordos já feitos para produtores de Soja, Milho e trigo do Rio Grande do Sul. Segundo o texto, ocitricultor que aderir ao refinanciamento poderá parcelar o pagamento do passivoem dez anos,com uma amortização à vista de 10% do valor total da dívida atualizada. O restante teria um ano de carência e os juros seriam de 5,5% ao ano.
Só no Banco do Brasil, o estoque de dívida de citricultores cnega a RS 554,75 milhões. Segundo cálculos da Câmara Setorial da Citricultura,o valor chegaria a RS 1 bilhão se considerados R$ 500 milhões de dívidas com a Siscoob Credicitrus, maior cooperativa de Crédito Agrícola do País, e com outros bancos privados.
Na avaliação do Ministério da Agricultura, a supersafra de 385 milhões de caixas em 2011 impactou negativamente os preços e a comercialização da safra seguinte, "ano da maior crise sentida pela citricultura paulista". Cerca de 31,7 milhões de pés de laranja foram erradicados só em São Paulo e 38% dos produtores deixaram a cultura.
A proposta de renegociação das dívidas será tema de uma reunião extraordinária da Câmara Setorial da Citri-cultura no dia 21. "Sabemos que é muito difícil que a Fazenda autorize essa operação", disse o presidente da entidade Marco Antonio Santos. O diretor executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto, aisse que apoia "políticas públicas que ajudem o setor nesse momento de crise".
Ipiranga quer preservar direitos no caso ALL-Rumo A Ipiranga, do grupo Ultra, entrou com pedido de isonomia no Conselho de Administração de Defesa Económica (Cade) no processo que envolve a incorporação da América Latina Logística (ALL) pela Rumo,dogru-po Cosan,de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.
Segunda maior distribuidora de combustíveis do País, atrás da BR Distribuidora (Petrobrás), a companhia nào é contra o negócio, mas quer garantir que seus direitos sejam preservados, caso a operação seja aprovada pelo órgão antitruste. Ou seja, a Ipiranga não quer que a Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, receba qualquer vantagem no escoamento de combustíveis por Ferrovia por ser subsidiária do grupo. A Raízen éa terceira maior distribuidora do Brasil. Apenas cerca de 20% do escoamento de combustíveis é feito por Ferrovia.
No dia 21 de julho, a Rumo protocolou no Cade a proposta feita pelo grupo para a incorporação da ALL, gerando o processo 08700.005719/2014-65, informou o Cade. Ao protocolar a transação, o departamento jurídico da Cosan trabalhou na argumentação de que, com a transação, a nova Rumo-A LL atenderá diversos clientes sem priorizar empresas da Cosan. Essa é a preocupação de muitas entidades, sobretudo de grãos e açúcar.
Vence hoje o prazo para as empresas se manifestarem sobre a transação. O Cade também tem conversado com empresas de diversos setores para entender se a operação poae prejudicá-las.
Foi o caso do grupo São Martinho, um dos maiores processadores de cana do País, que foi um dos procurados para responder se a transação afetaria de alguma forma suas operações. O grupo informou cjue nào será prejudicado e é favorável à transação. Procuradas, Cosan e Ipiranga não comentam o assunto.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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