Publicado em: 19/09/2025 às 10:56hs
O governo federal disponibilizou R$ 40 bilhões em linhas de crédito para apoiar exportadores brasileiros afetados pelo aumento de tarifas nos Estados Unidos, que elevaram a alíquota de importação para 50% em diversos produtos. Desse total, R$ 30 bilhões fazem parte do programa Brasil Soberano e R$ 10 bilhões vêm de recursos próprios do BNDES.
As taxas de juros subsidiadas estão abaixo da Selic, atualmente em 15% ao ano, com condições diferenciadas para capital de giro, investimentos e aquisição de máquinas e equipamentos. Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o objetivo é apoiar as empresas e preservar empregos:
“O BNDES vai socorrer todas as empresas e a contrapartida é manter os empregos para a economia continuar crescendo e o país não ser prejudicado por essas medidas autoritárias, unilaterais e injustificadas.”
O crédito pode ser solicitado por exportadores de 9.777 produtos. As empresas devem se autenticar pelo GOV.BR usando certificado digital. Após a autenticação, o sistema indica a elegibilidade e quais linhas podem ser solicitadas.
Os prazos variam entre 5 e 10 anos, com carência de 12 a 24 meses, dependendo da finalidade. O valor máximo por mutuário é de:
As linhas de crédito com recursos próprios do BNDES são voltadas para empresas cujos produtos sofreram qualquer percentual de tarifa, independentemente do impacto no faturamento, com duas opções: Capital de Giro Emergencial e Capital de Giro Diversificação.
Além das linhas de crédito, o governo anunciou medidas complementares para mitigar os efeitos do tarifaço:
Segundo o BNDES, essas ações formam o principal pacote de ajuda aos exportadores após o aumento unilateral das tarifas pelos Estados Unidos, oferecendo suporte financeiro e estratégico para reduzir impactos negativos sobre a produção e a competitividade brasileira.
Fonte: Portal do Agronegócio
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