Publicado em: 03/10/2024 às 11:27hs
O governo central do Brasil apresentou um déficit primário de R$ 22,404 bilhões em agosto, uma redução em comparação ao saldo negativo de R$ 26,730 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior, conforme informações divulgadas pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira. Este resultado, que abrange as contas do Tesouro, do Banco Central e da Previdência Social, está em linha com a previsão de analistas que esperavam um déficit de R$ 22,4 bilhões, segundo pesquisa da Reuters.
Os dados do Tesouro revelam um aumento de 6,2% na receita líquida, ajustada pela inflação e excluindo transferências para governos regionais, totalizando R$ 148,934 bilhões em comparação ao mesmo mês de 2023. Destaca-se o crescimento de 12,6% na arrecadação de tributos administrados pela Receita Federal, impulsionado principalmente pelo aumento na arrecadação do Imposto de Renda, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e da Cofins.
Por outro lado, os recursos não administrados pela Receita Federal apresentaram uma queda real de 2,8%, em decorrência de um recuo nos dividendos e participações.
No que diz respeito às despesas, houve um aumento real de 2,0%, totalizando R$ 171,338 bilhões. Este crescimento foi impulsionado pelos gastos com benefícios previdenciários, abono salarial e seguro-desemprego.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, o governo central acumulou um déficit primário de R$ 99,997 bilhões, o que representa uma redução de 9,1% em relação ao mesmo período de 2023. Em um horizonte de 12 meses, o déficit acumulado chega a R$ 227,5 bilhões, equivalente a 1,98% do Produto Interno Bruto (PIB).
Esses dados ainda estão distantes da meta de déficit primário zero estabelecida pelo governo para 2024, que admite uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, correspondente a aproximadamente R$ 29 bilhões. Para setembro, a equipe econômica prevê um déficit primário de R$ 28,3 bilhões, o que deixa uma margem de R$ 0,4 bilhão em relação ao limite inferior da meta.
Os dados referentes ao mês de agosto, que normalmente seriam divulgados na última semana de setembro, foram apresentados com atraso devido à mobilização de servidores do Tesouro em busca de melhores condições salariais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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