Publicado em: 10/10/2013 às 15:30hs
Essas operações são feitas para que o banco possa emprestar mais ao setor produtivo. Segundo o secretário, a ideia do governo é que os bancos privados aumentem a participação nesse mercado, o que reduz a necessidade de aportes elevados no BNDES.
De 2009 até agora, a instituição já recebeu quase R$ 300 bilhões. Augustin disse que, se o Tesouro fizer um novo aporte no BNDES, será inferior ao volume que foi colocado no ano passado, de R$ 45 bilhões. Ele, no entanto, evitou dizer quando isso pode ocorrer:
- Por esses dias, não estamos discutindo o assunto.
O secretário confirmou que o governo quer que o banco de fomento volte a concentrar as operações no financiamento aos investimentos de longo prazo e reduza os empréstimos para capital de giro. Ele explicou que essas linhas do BNDES aumentaram a partir da crise internacional iniciada em 2008, porque havia uma restrição a esse tipo de empréstimo por parte do setor privado. No entanto, para ele, o cenário agora é outro, o que reduz a necessidade desse tipo de atuação:
- O BNDES está focado nos investimentos, no financiamento de longo prazo. Eventualmente, ele pode ter ações nesse sentido (de oferecer capital de giro), mas hoje o momento é diferente.
Venda de ativos
Perguntado se o BNDES estaria estudando a venda de ativos como forma de reduzir a necessidade de aportes no Tesouro na instituição, o secretário respondeu:
- Não participo da definição sobre a política interna do BNDES. A gestão de ativos é feita a partir de políticas do próprio banco e não está ligada em nada aos aportes do Tesouro.
Reservadamente, técnicos do governo admitem, no entanto, que a venda de ativos está sendo estudada. Eles avaliam, porém, que o banco não tem condições de reduzir sua participação no mercado rapidamente, num momento em que o país precisa de investimentos fortes em Infraestrutura.
Fonte: O Globo
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