Publicado em: 05/11/2020 às 12:00hs
Santa Catarina vive um período de forte estiagem que já causa grandes prejuízos no meio rural. Nesta terça-feira, 3, a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural reuniu representantes das Associações de Municípios para avaliar os impactos em cada região. O encontro, de forma virtual, foi conduzido pelo secretário Ricardo de Gouvêa com o apoio da Federação Catarinense de Municípios (Fecam).
"Estamos em um momento de emergência. Mas nosso histórico mostra que a estiagem é um fator recorrente em Santa Catarina e precisamos pensar no futuro. Temos que investir na captação e armazenagem de água da chuva para viabilizar a atividade agrícola em nosso Estado. É importante ouvir a realidade e as demandas dos representantes das Associações de Municípios e também apresentar quais as ações que o Governo do Estado está tomando para apoiar o setor produtivo", destaca o secretário Ricardo de Gouvêa.
Santa Catarina se encontra em situação de estiagem desde junho de 2019 - com períodos mais amenos no primeiro semestre de 2020 e que volta a se agravar no segundo semestre. Na última semana, o Governo do Estado montou um Gabinete de Crise, composto pela secretaria de Estado da Agricultura; Instituto do Meio Ambiente (IMA); Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema); Secretaria do Desenvolvimento Econômico; Defesa Civil e Epagri. A intenção é alinhar esforços e criar medidas para reduzir os impactos da seca no meio rural e urbano.
"Todos nós estamos mobilizados para agilizar a perfuração de poços artesianos, buscar recursos do Governo Federal e também apoiar os produtores rurais. Na Secretaria da Agricultura conseguimos abrir novas linhas de crédito a agricultores, para que eles possam investir na construção de poços artesianos, cisternas e sistemas de irrigação. Temos pressa e estamos tratando esse assunto com muita preocupação", ressalta o secretário.
As regiões Oeste, Meio-Oeste, Extremo-Oeste e Planalto Sul são as mais atingidas pela estiagem. Segundo o prefeito de São José do Cedro, Plinio de Castro, o maior desafio é o abastecimento de água para propriedades rurais. "Nossa região tem uma atividade muito forte na bovinocultura de leite, avicultura e suinocultura. Vivemos uma situação muito crítica, 100% dos nossos equipamentos estão trabalhando para minimizar os impactos da estiagem", afirma.
Financiamentos para construção de poços, estruturas de armazenagem e distribuição de água.Valor investido: R$1,5 milhão com um aporte adicional de R$ 3 milhões, totalizando R$ 4,5 milhões.O novo aporte de recurso irá beneficiar mais 150 produtores rurais de SC. Os financiamentos serão de até R$ 25 mil por produtor ou até R$ 50 mil para projetos coletivos, que poderão ser pagos em até 36 meses, com seis meses de carência e sem juros.
O Projeto prevê financiamentos via Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) de até R$ 30 mil, com cinco anos de prazo para pagamento sem juros. Até o momento foram investidos R$ 5.328.197,00 milhão.
Subvenção aos juros de financiamentos adquiridos por agricultores e pescadores, até 2,5% ao ano. Os financiamentos seguirão as regras de contrato feito com o agente bancário, num limite de R$ 100 mil. Até o momento foram investidos R$ 1,5 milhão.
Subvenção aos juros de financiamentos contraídos pelos produtores rurais, num limite de R$ 30 mil e juros de até de 4,5% ao ano, durante um período máximo de oito anos. Os bônus dos juros serão pagos anualmente para os agricultores.
Três linhas de financiamentos foram criadas para atender agricultores e pescadores atingidos por eventos climáticos extremos: Recupera SC, com aporte de R$ 5 milhões da Alesc, e Reconstrói SC, com aporte de R$ 2,3 milhões do Governo do Estado. Ambos financiam até R$ 10 mil reais por produtor selecionado por critérios de renda e prejuízos ocorridos, tendo 2 anos de carência e 50% de abatimento para quem pagar em dia.
Além disso, o Projeto de Recuperação da Bananicultura, com a utilização de R$ 2 milhões, onde cada Unidade Familiar de Produção contemplada poderá acessar um financiamento de até R$ 10 mil por hectare de pomar implantando e ou recuperado, limitados a R$ 20 mil por unidade familiar.
A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural está investindo, via Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), R$ 1,5 milhão em financiamentos sem juros para captação e uso da água. O financiamento via FDR tem o limite de R$ 25 mil por produtor, com cinco anos para pagar e sem juros. Essa é uma linha já existente e que foi reforçada ao longo de 2020.
Fonte: Assessoria de Imprensa Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de SC
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