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Dirigente da Federarroz participa de audiência pública sobre preço e má qualidade da energia elétrica para a agricultura

Senadora Ana Amélia Lemos salienta que a política do setor elétrico deveria diferenciar área urbana de área rural


Publicado em: 02/12/2013 às 09:10hs

Dirigente da Federarroz participa de audiência pública sobre preço e má qualidade da energia elétrica para a agricultura

O presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Osório Dornelles, participou a convite da Senadora Ana Amélia Lemos de Audiência Pública da Comissão de Agricultura que discutiu sobre as altas taxas de energia elétrica cobradas do setor agrícola.

Tema recorrente entre o setor agrícola, principalmente aos irrigantes, mais uma vez a má qualidade da energia elétrica distribuída para a zona rural e o preço cobrado pelo consumo a mais para suprir as instabilidades decorrentes dessa energia acabam, encarecendo a produção, e precisam ser revistos. Este foi o tom da Audiência Pública, que aconteceu na última quinta-feira (28.11), em Brasília.

Ao lado de um dos autores do requerimento sobre energia, o Senador Benedito de Lira, então presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, o dirigente arrozeiro realizou a sua apresentação baseada na resolução 414 /2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que trouxe impacto aos produtores, com a cobrança de multas de demanda de energia consumida. Henrique Dornelles salientou que antes as penalidades eram aplicadas quando havia consumo de 10% superior ao contratado e, hoje, esse limite caiu para 5%. Some-se a isso a menor qualidade da energia em comparação com a da cidade, cujas quedas e oscilações resultam em avaria de equipamentos. E tudo acaba sendo repassado ao consumidor no preço final dos produtos, lembrou ainda o presidente da Federarroz. “ O maior problema da produção de energia elétrica é a falta dela. Temos enfrentado problemas e isso tem onerado a produção irrigada no país. Trabalhamos com a natureza, o meio ambiente, e assim estamos expostos a todas as intempéries e particularidades de tudo isto, finaliza Henrique Dornelles.

Segundo informações da agência Senado, uma das soluções apontadas pelos debatedores foi a adoção de medidas que beneficiem o setor rural no âmbito do Programa Luz Para Todos, reforçando as redes já existentes para levar energia com força suficiente para autilização de máquinas, refrigeradores e todo o aparato que permita a produção e conservação dos produtos agrícolas e, sobretudo, a utilização da agricultura irrigada.

Além dos Senadores Ana Amélia Lemos e Bendito de Lira, o tema também contou com a presença do representante da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), Marco Olivio Oliveira. Naquele momento, os debatedores elogiaram a apresentação do líder arrozeiro que foi assessorado pela equipe da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, pelo seu conteúdo e didática sobre os problemas na região. Após as explanações, segundo informações da agência Senado, os senadores da comissão, irão solicitar audiência ao ministro de Minas e Energia e ao presidente da Aneel para que possam discutir a Resolução 414 e encontrar um caminho para minimizar a dificuldade.

Pleito Antigo – Há nove anos a Associação dos Arrozeiros de Alegrete tem como ação as questões relacionadas à energia elétrica, no tocante aos irrigantes. Para dinamizar estas questões, Henrique Osório Dornelles então presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete (2010-2013), era o representante no Conselho de Consumidores da AES SUL, representando a FARSUL, na Classe Rural. Ao assumir a gestão da Federarroz, a cadeira continua com a entidade alegretense, apoiada pelo Sindicato Rural de Alegrete, estando à frente Gustavo Flores Thompson Flores, que também acumula o cargo de Diretor Financeiro da Federarroz.

Fonte: Associação dos Arrozeiros de Alegrete

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