Publicado em: 25/02/2021 às 17:20hs
"Cabe confiar que não haverá interferência na política de preços", disse o dirigente ao Valor. "Qualquer coisa diferente disso, todo mundo sabe as consequências, e o povo perde, porque é dono de parte da Petrobras".
Gussi ressaltou que a indústria do etanol segue "guiada cada vez mais pelo livre mercado" e que o setor continua se opondo a iniciativas como controle de preços e subsídios, mas disse que, pelo histórico recente de controle de preços no governo de Dilma Rousseff, é "impensável" que isso ocorra novamente.
Apesar das fortes especulações dos agentes de mercado desde que Bolsonaro anunciou o nome do general Joaquim Luna e Silva para o comando da Petrobras, o presidente da Unica elogiou o indicado. "É um general respeitado pelo trabalho que fez em Itaipu", afirmou.
Gussi também descartou a possibilidade de que o setor seja "blindado" do controle de preços de combustíveis por meio do RenovaBio. Os preços dos Créditos de Descarbonização (CBios) vendidos pelas usinas podem subir em um momento em que os combustíveis fósseis ganham no mercado uma competitividade em relação aos renováveis que supera o estabelecido nas metas anuais.
Para ele, uma valorização dos CBios como resultado de uma eventual queda da gasolina "é um efeito possível, mas não desejado". "O RenovaBio não foi feito para isso, mas para construir uma indústria de descarbonização no Brasil", ressaltou.
Fonte: AGÊNCIA UDOP
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