Publicado em: 19/09/2025 às 10:40hs
A safra 2025/26 de grãos no Brasil tem perspectiva de alcançar 353,8 milhões de toneladas, segundo a 13ª edição da publicação “Perspectivas para a Agropecuária 2025/2026”, divulgada nesta quinta-feira (18) pela Conab em parceria com o Banco do Brasil. O volume representa um aumento de 1% em relação à safra 2024/25, estimada em 350,2 milhões de toneladas, estabelecendo um novo recorde histórico para o setor.
O crescimento é impulsionado pelo aumento da área cultivada, que deve passar de 81,74 milhões de hectares para 84,24 milhões de hectares, apesar de uma redução de 2% na produtividade média nacional, projetada em 4.199 quilos por hectare.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, destacou a confiança dos produtores: “Investimentos recordes, crédito rural com juros reais negativos e a crescente adoção de tecnologia refletem no bom resultado que reafirma o Brasil como um dos principais fornecedores globais de alimentos, fibras e bioenergia”.
A soja, principal produto cultivado no país, tem produção projetada em 177,67 milhões de toneladas, aumento de 3,6% em relação à safra 2024/25. O crescimento é sustentado pelo aumento da área semeada e pela recuperação de produtividade, especialmente no Rio Grande do Sul.
Caso não ocorram problemas climáticos, o Brasil deve manter sua posição como maior produtor mundial de soja, com demanda global aquecida tanto para alimentação animal quanto para biocombustíveis.
A produção de algodão deve crescer 0,7%, atingindo 4,09 milhões de toneladas, com expansão da área semeada em 3,5%, impulsionada por estados como Bahia, Piauí, Minas Gerais e Tocantins. A produtividade média está projetada em 1,89 toneladas por hectare.
Já o milho deve registrar 138,3 milhões de toneladas, leve queda de 1% em relação à safra anterior, apesar do aumento de área cultivada. A redução reflete a expectativa de queda na produtividade média nacional após o patamar excepcional da temporada 2024/25. A demanda interna e externa, incluindo o uso para etanol e o redirecionamento das compras asiáticas, segue como fator positivo para o mercado.
A safra de arroz enfrenta desafios devido à ampliação da produção em 2024/25, que gerou excedente e queda de preços. A área cultivada deve reduzir para 1,66 milhão de hectares, com produtividade média nacional estimada em queda de 4,8%, mas ainda entre os maiores da série histórica. A produção prevista é de 11,5 milhões de toneladas, suficiente para abastecimento interno.
O feijão, por ser de ciclo curto e sensível a preços, deve manter estabilidade. A área semeada deve chegar a 2,7 milhões de hectares, com produtividade média de 1.141 quilos por hectare, totalizando cerca de 3,1 milhões de toneladas, garantindo o consumo interno.
A publicação da Conab traz ainda projeções para mercados de carnes bovinas, suínas e aves em 2026, além de análise sobre a importância do crédito rural, abordando como instrumentos financeiros e ações ESG contribuem para o desenvolvimento da agricultura brasileira.
Fonte: Portal do Agronegócio
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