Publicado em: 04/07/2025 às 15:10hs
O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab), divulgou o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de junho a 2 de julho, destacando o avanço da bovinocultura no estado. A análise preliminar do Valor Bruto da Produção (VBP) mostra crescimento tanto na produção de carne quanto de leite.
Thiago de Marchi da Silva, médico veterinário do Deral, explica que o aumento do VBP está relacionado principalmente à elevação das cotações da arroba bovina e do leite. “A arroba permaneceu em patamar mais elevado em 2024 comparado a 2023, enquanto o leite também teve alta, contribuindo para o aumento de aproximadamente três centavos por litro posto na indústria”, destaca.
A bovinocultura de corte teve um crescimento de 16% no VBP em 2024 em relação ao ano anterior, passando de R$ 5,9 bilhões para R$ 6,9 bilhões. A produção também evoluiu, com o abate aumentando de 1,6 milhão de cabeças em 2023 para 1,8 milhão em 2024, um crescimento de 13%.
Na produção de leite, o VBP subiu de R$ 11,3 bilhões em 2023 para R$ 12 bilhões em 2024, um aumento de 6%. A produção acompanhou essa evolução, passando de 4,45 bilhões de litros para 4,62 bilhões de litros no período, crescimento proporcional de 3%.
No setor de mel, o Paraná encerrou 2024 na quarta colocação nacional, com 3.969 toneladas exportadas e receita de US$ 10,395 milhões, a um preço médio de US$ 2,62/kg. Em 2025, o estado avançou para o terceiro lugar, exportando 2.870 toneladas nos primeiros cinco meses, gerando receita de US$ 9,313 milhões — crescimento de 148,7% no volume e 229,3% na receita em comparação com o mesmo período de 2024.
As geadas registradas na última semana impactaram as lavouras de segunda safra de milho, reduzindo a área em boas condições de 71% para 68%, enquanto a área em condições ruins aumentou de 11% para 14%. Nesta semana, 76% das lavouras já estão na fase de maturação, protegidas contra novas geadas, enquanto 26% permanecem na fase de frutificação, mais vulneráveis.
O trigo também sofreu efeitos das geadas, com queda da área em boas condições de 99% para 84%, aumento de áreas médias para 9% e de áreas ruins para 7%. Os prejuízos ainda serão avaliados conforme a lavoura avance para a fase de frutificação. Para os próximos dias, não há previsão de geadas que possam afetar o trigo.
Os preços de várias olerícolas comercializadas nas Ceasas de Curitiba sofreram variações após as geadas. Entre os 17 produtos monitorados, sete apresentaram alta, oito mantiveram preços estáveis e dois registraram queda.
A oferta de alface, chuchu e couve-flor diminuiu, elevando seus preços. Já batata salsa e cebola tiveram queda de preços devido ao abastecimento regular no mercado.
O boletim reforça a importância de monitorar as condições climáticas e seus efeitos para orientar produtores e comerciantes, garantindo estratégias mais eficazes diante dos desafios do campo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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