Publicado em: 09/01/2025 às 11:20hs
Em 2024, o agronegócio brasileiro alcançou exportações recordes de US$ 164,4 bilhões, consolidando-se como o segundo maior valor da série histórica. Este montante representou 49% do total exportado pelo país e demonstrou a robustez do setor, que se manteve resiliente mesmo com a queda nos preços internacionais de algumas das principais commodities.
Embora o complexo soja e os cereais tenham registrado queda devido a uma safra menor e aos preços internacionais mais baixos, outros segmentos do agronegócio brasileiro apresentaram crescimento expressivo. As exportações de carnes aumentaram 11,4%, o complexo sucroalcooleiro subiu 13,3%, os produtos florestais cresceram 21,2% e o café teve uma impressionante alta de 52,6%. Além disso, setores como fibras têxteis, sucos, cacau e derivados, e produtos hortícolas também mostraram bom desempenho.
Diversos setores bateram recordes de exportação em 2024, destacando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de alimentos, fibras e energia. Entre os produtos que se destacaram, estão o açúcar, café, algodão, carnes bovina, suína e de aves, celulose, suco de laranja e óleo essencial de laranja. Produtos menos tradicionais, como limões, limas, chocolate, alimentos para animais de estimação, gengibre, pasta de cacau e cebolas, também marcaram crescimento relevante.
A China continuou sendo o maior destino das exportações brasileiras, com US$ 49,7 bilhões, seguida pela União Europeia (US$ 23,2 bilhões) e pelos Estados Unidos (US$ 12,1 bilhões). Além desses tradicionais mercados, a África (+24,4%) e o Oriente Médio (+20,4%) mostraram aumento nas importações, impulsionados pela retomada das relações diplomáticas e pelas estratégias de promoção comercial.
Esses números refletem os esforços do governo brasileiro em diversificar os produtos exportados e seus destinos. O ano de 2024 apresentou recordes de exportações de produtos nos quais o Brasil tem ampliado sua participação no mercado internacional, o que foi viabilizado por um número inédito de aberturas e ampliações de mercados. O aumento das ações de promoção comercial, com foco em cadeias produtivas ainda emergentes, também foi um fator determinante para esses resultados positivos.
O crescimento da produção permitiu ao Brasil ampliar a oferta no mercado interno e gerar excedentes para exportação, o que trouxe receitas cambiais e impulsionou a geração de empregos, especialmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, destacou que o setor agronegócio manteve sua posição de liderança ao representar metade das exportações totais do Brasil, um reflexo do esforço conjunto do governo e do setor privado para uma maior inserção internacional.
O ministro Carlos Fávaro prevê que, em 2025, o Brasil poderá alcançar novos recordes de produção e exportação, graças a uma safra recorde, ao fortalecimento das ações de promoção comercial e à abertura de novos mercados. Com a projeção de crescimento contínuo do setor e o apoio das parcerias com a Apex Brasil e o Ministério das Relações Exteriores, o agronegócio brasileiro se mantém como um pilar fundamental para a economia nacional e o abastecimento global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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