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Indea-MT investe em tecnologia e fortalece serviço para erradicação da aftosa no Estado

De acordo com Emanuele de Almeida, presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), os investimentos em tecnologia aumentaram a oferta de serviços online ao produtor


Publicado em: 20/04/2021 às 11:30hs

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Emanuele de Almeida: Presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT)
Por: Governo do Mato Grosso

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) tem investido em tecnologia e trabalhado na meta de tornar Mato Grosso livre de febre aftosa sem vacinação.

De acordo com Emanuele de Almeida, presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), os investimentos em tecnologia aumentaram a oferta de serviços online ao produtor.

Entre as ações, o órgão investiu na emissão eletrônica da Guia de Trânsito Animal (GTA), verificação de saldo, histórico analítico e conferência de animais, entre outros; na GTA online para outros animais além de bovinos, aves e suínos; e em aplicativo para a sua conferência. Em breve, o próprio produtor poderá registrar sua GTA, de forma online.

Simultaneamente, o Indea vem trabalhando, em conjunto com diversos parceiros, no Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa em Mato Grosso, cuja meta é fortalecer o serviço veterinário oficial e ampliar as zonas sem vacinação. Atualmente, a região Noroeste do estado é considerada zona livre de febre aftosa sem vacinação.

O Indea-MT tem seguido a determinação do governador Mauro Mendes e investido em tecnologia. Quais serviços o produtor já encontra de forma online e de que maneira o investimento traz benefícios ao Estado?

Emanuele de Almeida - O Indea está presente em 138 municípios e, portanto, descentralizado. Tem investido em tecnologia, com o intuito de desburocratizar os serviços oferecidos aos produtores.

Pelo Sindesa (Sistema Integrado de Defesa Agropecuária de Mato Grosso), um conjunto de sistemas online do Indea, é possível a emissão eletrônica de GTA (Guia de Trânsito Animal), verificação de saldo, do histórico analítico e da conferência de nascimento e de morte, entre outros serviços oferecidos. 

Há menos de duas semanas, foi lançado um aplicativo, que dará mais segurança e agilidade às operações dos produtores rurais. Por meio de QR Code (código de barras), as GTAs, emitidas pelo Indea, no Sindesa e no Módulo do Produtor, podem ser escaneadas por celulares, facilitando a conferência de sua veracidade por parte da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e dos próprios funcionários do Indea, em seus mais longínquos postos de fiscalização.    

Outra inovação é a emissão do GTA online (GTA Eletrônico) para outras espécies animais, além de bovinos, aves e suínos. Por meio do site oficial do Indea/MT, no link Módulo do Produtor, podem ser emitidas GTAs para caprinos, ovinos e peixes. Produtores rurais e médicos veterinários podem emitir a guia de qualquer lugar, pela internet.

Esperamos, dentro de duas semanas, lançar mais um projeto desenvolvido em parceria com a MTI (Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação). Com ele, o produtor não precisará mais se deslocar até uma unidade do Indea para dar entrada, de uma GTA emitida, em seu saldo. Assim como a emissão da GTA, esta operação também poderá ser feita de forma online no site oficial do Indea/MT, Módulo do Produtor.     

Sobre a vacinação contra a aftosa. Mato Grosso possui uma zona livre de febre aftosa sem vacinação. Qual a importância desta zona livre, o que ela significa para os produtores e para a economia estadual?

Emanuele de Almeida – Hoje, temos zona livre de febre aftosa sem vacinação na região Noroeste do Estado (Aripuanã, Colniza, Comodoro e Rondolândia), cujo parecer favorável da Organização Mundial de Epizootia ou Saúde Animal (OIE) será avaliado em maio durante a Assembleia Geral de seus delegados. 

Foi um grande um passo rumo à nova fase do Programa Nacional de Vigilância em Febre Aftosa, cuja meta é fortalecer o serviço veterinário oficial e ampliar as zonas sem vacinação.

Foi necessário o cumprimento desta etapa na região, para que pudéssemos contribuir com a linha de comércio existente em Rondônia e Amazonas, dois estados completamente livres de febre aftosa sem vacinação.

Continuamos trabalhando para tornar todo território mato-grossense em área livre de febre aftosa sem vacinação. A suspensão da vacina gera economia aos produtores e, sem dúvida, amplia a possibilidade de acesso a mercados (nacional e internacional) mais restritos e com melhor remuneração para a carne bovina.   

O Governo de Mato Grosso, por meio do Indea, tem trabalhado justamente para tornar o Estado inteiro livre de vacinação contra a febre aftosa. Como está sendo feito esse trabalho?

Emanuele de Almeida – O trabalho é estruturado em cima do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa em Mato Grosso (PNEFA-MT), construído em parceria com o Ministério da Agricultura e outras instituições. Há uma centena de ações, das quais quase a metade é direcionada ao fortalecimento e estruturação do serviço veterinário oficial, executado pelo Indea. Portanto, a grande missão do Indea é conseguir cumprir todas as metas estabelecidas.

Presidida pelo Indea, a equipe gestora do PNEFA-MT conta com a parceria de instituições como Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Acrimat (Associação dos Criadores), Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos), Sindifrigo (Sindicato das Indústrias de Frigoríficos), Aproleite (Associação dos Produtores de Leite), Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) e Fesa (Fundo Emergencial de Saúde Animal).  

Com certeza, juntos atingiremos o mais rápido possível o status de estado livre de febre aftosa sem vacinação. É uma oportunidade para se fortalecer ainda mais o serviço de defesa e todo o sistema de vigilância em saúde animal. 

Quais os desafios e oportunidades que o rebanho livre da vacinação pode gerar, tanto para o Estado quanto para os produtores?

Emanuele de Almeida – O maior desafio é a relação de confiança que o produtor deve ter com o Indea. Notificar imediatamente a ocorrência de qualquer suspeita de doença de animais em sua propriedade.

A vacina será substituída por maior atenção e comunicação do produtor sobre as condições sanitárias de seu rebanho, para que o Indea atue com seu corpo técnico. Isto é, para que o veterinário possa investigar a suspeita e debelar qualquer foco de doença.

Entre as oportunidades, ressalto a economia na aquisição de vacinas e a possibilidade de acessar novos mercados internacionais, que ainda não compram carne mato-grossense.    

O que a população, em especial os produtores, pode esperar do Indea para os próximos anos?

Emanuele de Almeida – Um órgão desburocratizado, presente nas propriedades rurais, executando seu trabalho de educação sanitária, de vigilância, de certificação, deixando um pouco o trabalho de fiscalização para focar no atendimento com presteza, dedicação e celeridade ao produtor.  

Fonte: Governo do Mato Grosso

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