O Sindicato das Indústrias de Máquinas e Equipamentos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers) expressou preocupação com o anúncio do Plano Safra da Agricultura Empresarial 2025/2026, divulgado em 1º de julho em Brasília. Apesar do investimento total previsto de R$ 101,5 bilhões, o setor de máquinas agrícolas sofrerá impactos diretos pela redução de R$ 2,8 bilhões na linha Moderfrota.

Corte na linha Moderfrota dificulta modernização

A linha Moderfrota, principal mecanismo de financiamento para a renovação e modernização do maquinário agrícola, já era considerada insuficiente para atender a demanda ao longo do ano. Com o novo corte, o acesso ao crédito para aquisição de tecnologia fica ainda mais restrito.

Em comparação com o ciclo anterior, o investimento total caiu R$ 5,8 bilhões, representando um retrocesso para a indústria e para a competitividade da agricultura brasileira.

Pronamp ganha incremento no teto de crédito

Por outro lado, o Simers destaca positivamente a ampliação do limite do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que passou de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões. A mudança, anunciada pelo Ministro Carlos Fávaro durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra, deve ampliar o alcance do crédito para os médios produtores rurais, fundamentais na mecanização e adoção de tecnologias no campo.

Opinião do Simers sobre os impactos

Carolina Rossato, vice-presidente do Simers, avalia que o aumento no teto do Pronamp pode ter impacto prático nas operações dos produtores.

“Acredito que o Pronamp vai funcionar na ponta, sim! Considerando a situação atual da economia, com a Selic quase 5% maior que no ano passado e uma inflação oficial de 5,25%. Já para a linha Moderfrota, esperávamos condições mais competitivas, mas essas serão as ferramentas disponíveis pelos próximos 12 meses,” comentou.

Compromisso do Simers com o setor

O Simers reafirma seu compromisso de atuar junto ao governo federal e às entidades do setor para buscar mais previsibilidade, competitividade e fortalecimento da indústria de máquinas agrícolas — essencial para o avanço da produtividade e sustentabilidade do agronegócio brasileiro.