Crédito Rural

Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016 surpreende agricultor por consistência na garantia de recursos financeiros

CNA destaca, especialmente, a criação do Sistema Integrado de Informações do Seguro Rural


Publicado em: 09/06/2015 às 19:00hs

Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016 surpreende agricultor por consistência na garantia de recursos financeiros

O governo surpreendeu de forma positiva os produtores rurais ao anunciar o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) para o biênio 2015/2016, lançado, na semana passada, em solenidade no Palácio do Planalto. Foram definidos recursos financeiros adicionais no valor de R$ 187,7 bilhões, acréscimo de 20,2% em relação à safra anterior, além da criação de um programa novo: o Sistema Integrado de Informações do Seguro Rural (SIS-Rural) e a formalização de um Grupo de Trabalho encarregado da propor a Lei Plurianual da Produção Agrícola Brasileira (LPAB), uma antiga reivindicação do agronegócio.

Tais considerações constam de Nota Técnica elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que, no geral, avalia o PAP 2015/2016 como instrumento adequado às necessidades do produtor no momento atual vivido pela economia brasileira. O desafio, segundo o estudo, está em ver como o governo irá garantir a efetiva liberação dos recursos financeiros ao produtor e a real implementação das medidas inovadoras incluídas no plano agropecuário.

A surpresa da CNA levou em consideração estudo da própria instituição encaminhado aos ministros da área econômica, solicitando ampliar em apenas 7% os recursos para safra 2015/2016, mas o Governo aplicou reajuste muito superior, de 20,2%. Foi uma forma de o Governo garantir a continuidade da produção agrícola, sem sobressaltos.

O ponto negativo foi a elevação das taxas de juros para as operações de crédito e custeio. A taxa foi fixada em 8,75%, apesar de a CNA ter reivindicado e o agronegócio como todo defendido a manutenção dos juros nos mesmos patamares da safra 2014/2015, que foi de 6,5% na maioria das operações praticadas. “A medida, certamente, terá impacto negativo nos custos da produção agrícola, ao lado de outros itens importantes como a taxa de câmbio, óleo diesel, energia elétrica e mão de obra”, garante Bruno Lucchi, superintendente Técnico da CNA, responsável pela Nota Técnica.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

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